Já se previa que o Atlético Riachense iria ter dificuldades acrescidas nesta época em que volta a militar na 1.ª divisão distrital.
A sangria no plantel foi quase total e a opção directiva de construir uma equipa a custo zero, iria ter custos em termos de resultados desportivos.
Note-se que não se culpabiliza os responsáveis do clube por esta opção. É capaz de ser o único caminho possível, face à situação financeira degradada que transitou da época passada. Pois bem assumiu-se o risco de perder a maioria dos jogadores e foi-se buscar outros se calhar menos cotados, mas todos com uma disponibilidade total para vestir a camisola alvi-negra e a equipa entra em campo sempre com vontade de vencer. Foi assim em Torres Novas e agora com o Samora.
O pior é que as coisas não têm resultado e a equipa contabiliza duas derrotas nestes primeiros dois jogos e isso não ajuda nada.
É evidente que ainda agora a procissão vai no adro e o treinador, Vítor Serra, terá ainda algumas arestas a limar no plantel.
No jogo de abertura, em Torres Novas, os alvi-negros podem-se queixar do árbitro, que interferiu directamente no resultado final, mas frente ao Samora as coisas descarrilaram por culpa própria.
A equipa não é, certamente, indisciplinada por natureza, mas há que ter cuidado com as atitudes em campo. Terminar o jogo com apenas oito jogadores em campo é muito negativo e, decerto, terá consequências nos próximos jogos. Esperemos que não sejam demasiado pesadas para as cores de Riachos. Fazendo o ponto de situação após as duas jornadas é de assinalar o bom desempenho dos amarelos que integram o trio de líderes, onde estão também o Mação e o Amiense. Nando Costa está em alta.
Cá mais para os fundos da tabela há cinco equipas que ainda não pontuaram: Atlético Riachense, Moçarriense, Ferreira do Zêzere, Emp. Comércio e U. Abrantina. São para já quem, aparentemente, vai ter mais dificuldades em garantir a manutenção, mas, repete-se, a procissão ainda agora vai no adro.