Cerca de 250 associados e adeptos do Atlético participaram no jantar comemorativo do 83º aniversário do Clube Atlético Riachense.
Uma festa singela, onde o discurso do presidente de direcção, Luís Carlos Dias, foi escutado atentamente, numa altura em que o clube atravessa um momento de crise espelhado pela desistência do Campeonato Nacional de Seniores.
Luís Carlos Dias dissecou as razões que levaram à atitude de desistir do campeonato e justificou a decisão como sendo o melhor para o clube e que salvaguarda o futuro próximo. Disse o dirigente que a atitude certa teria sido o Atlético ter abdicado antes do inicio da competição, pois o clube não tem suporte financeiro para aguentar os custos que essa participação acarreta, e que o distrital é que o lugar certo para um clube como o “Riacho”.
Luís Carlos admitiu alguns erros directivos no início da temporada, mas lembra que nessa altura se decidiu avançar para o campeonato sem estarem garantidas as receitas necessárias, na esperança de que algumas portas de se abrissem.
“Já sabíamos que chegando a Dezembro/Janeiro ia ser muito difícil, mas arriscámos. As portas que esperávamos que se abrissem não abriram e outras não se abriram tanto”, disse o presidente, que acrescentou: “A equipa estava presa por arames, o que aconteceu em Leiria no último jogo poderia ter acontecido antes e aconteceria mais meia dúzia de vezes se tivéssemos continuado. Teríamos que ir buscar mais quatro ou cinco jogadores para reforçar a equipa, senão a imagem do clube, da equipa técnica e dos jogadores ficaria pior.
Luís Carlos Dias negou que a desistência possa ser tida como o atirar da toalha ao chão e lembrou que o clube tem sete equipas em competição nas camadas jovens e ainda o futsal e o atletismo.
O dirigente afirmou-se ainda confiante que o Atlético vai regressar com o escalão de seniores já na próxima temporada, “O Riacho não pode deixar de ter seniores”. Depois da aprovação das contas, em Março, vão ser convocadas eleições. O mandato actual termina em Maio, mas as eleições são antecipadas para haver tempo suficiente para preparar a próxima época. Luís Carlos Dias não revelou se vai ou não recandidatar-se, dizendo apenas que a direcção, neste momento, encontra-se na prática reduzida, por impossibilidade de alguns elementos poderem dar o seu contributo.
A atribuição dos prémios do clube aos atletas e outros colaboradores que se destacaram no ano de 2014 fechou a festa e os premiados foram os seguintes:
Futebol sénior: Miguel Rosa “Saul”, futsal: Gonçalo Santos, juniores: Marçalo, juvenis: Paulo Gama, iniciados: Daniel Vicente, infantis: Alexandre Carola, sub-11: Pedro Tiago, sub-10: Marco Vieira, sub-9: Francisco Cardoso, atletismo: Beatriz Nabeiro, velha guarda: Nino, prémio Dedicação: António júlio Pacheco, Diamantino Maurício, José Gameiro e Luís Oliveira Lopes, prémio Carreira: Tiago Moita.
Antes da entrega dos prémios do clube, o director do jornal O RIACHENSE, André Lopes, e António Júlio Pacheco entregaram os prémios atribuídos pelo jornal relativos à época 2013/14, troféu o Riachense, para o jogador mais regular, e o de melhor marcador, que foram ambos ganhos por Bruno Lemos. O centro-campista que jogou nove épocas no Atlético já arrecadou quatro troféus para o jogador mais regular, ultrapassando os três de Chambel, Rui Gouveia e Miguel Cunha. Na ausência do jogador, os troféus foram simbolicamente recebidos por Saul e Freitas, em sua representação.