A Breve Circuito tem crescido a poupar dinheiro aos agricultores

Segunda, 01 Julho 2013 10:45 André Lopes Empresas
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Em 2009, após a saída da TVE para Angola, Paulo Pereira resolveu ficar e afinar a mira: os agricultores passaram a ser os seus principais clientes, enquanto as empresas especializadas no sector da construção tinham de ir à procura de novos mercados.
Depois de três anos no Entroncamento, a Breve Circuito veio para Riachos, onde adquiriu as antigas instalações da Retromáquina de modo a ficar mais próximo dos campos agrícolas, onde instala sistemas de rega e de bombagem com eficiência energética, bem como o novo epicentro do crescimento da empresa: os painéis fotovoltaicos, que constituem já perto de 50% das encomendas da empresa. O trabalho é todo no centro e, cada vez mais, no sul do país.
“O sol é o caminho”, postula Paulo Pereira. Quando os fotovoltaicos estiverem generalizados em Portugal, “a agricultura ficará mais competitiva do que no norte da Europa”. Lá chove, não é preciso rega; cá temos o sol, não é preciso comprar energia.
Além da necessária renovação das estruturas eléctricas das explorações de regadio, a maior parte feitas há mais de 15 anos, quando a energia era barata, a eficiência energética e a redução de custos com a electricidade são o mote que capta a atenção dos clientes. “Os agricultores vêem uma grande diferença. Ficam auto-suficientes na electricidade”, afirma Paulo Pereira, que diz que a média do retorno do investimento dos agricultores é de seis anos, dois anos se tiverem apoios do PRODER. Normalmente, a fatia da energia no total das despesas das explorações agrícolas são uns significativos 10%, que podem ser bastante reduzidos com os adequados equipamentos de eficiência energética, que permitem a diminuição do consumo nas horas de ponta e contratar potências mais baixas.
Prova da aposta ganha é o facto de, no final do primeiro semestre deste ano, a Breve Circuito já ter atingido o nível de facturação que atingiu em todo o ano de 2012. Afinal, a agricultura é das poucas áreas do país que não está em retrocesso. 
O empresário reparte o mérito com os trabalhadores, ao dizer que a sua equipa merece a estabilidade que está a ser conseguida pela empresa. Neste momento tem 14 trabalhadores ‘sempre no campo’, mas é frequente subcontratar empresas locais quando aparecem projectos que exigem um maior volume de mão-de-obra.
 
 Paulo Pereira