O Atlético Riachense continua a fazer uma carreira de luxo na Taça de Portugal e no domingo afastou o Benfica de Castelo Branco e com isto já está a fazer história.

 

Apenas por uma vez o Atlético tinha chegado à quarta eliminatória da Taça. Foi há 25 anos, na época 1988/89, quando disputava o distrital de Santarém e teve que ir à Luz defrontar o Benfica.

 

Agora está a um passo de repetir essa história. Para já, passou as três primeiras eliminatórias: S. João de Ver, Praiense e Benf. Castelo Branco. Agora aguarda serenamente que o sorteio lhe coloque um “grande” no sapatinho, ou então que lhe caiba um adversário do CNS, e se não for pedir muito, que o jogo seja em Riachos como nas anteriores três ocasiões, para a festa ser maior.

 

Quanto ao outro representante do distrito na taça, o Alcanenense, foi à Madeira e regressou a casa ao peso de uma derrota bem pesada. 6-1 foi o resultado a favor do Nacional o que, diga-se, não espanta face ao patamar em que os ilhéus estão no futebol português.

 

E dos cinco emblemas do distrito que entraram na aprova, o Fátima, o Alcanenense, o Ouriense, o Fazendense e o Atlético Riachense, é apenas este último que resiste, o que é bem bom para as cores alvi-negras.

 

 

Contra uma equipa cem por cento profissional, em que os jogadores não fazem mais nada além do futebol, e que luta pela subida de divisão, esperava-se que o Atlético fosse enfrentar grandes dificuldades. Porém, logo aos 5 minutos, Jota é derrubado dentro de área e o árbitro assinala o castigo máximo que acabaria por resultar no primeiro para os alvi-negros. 

 

A partir daí, pensava-se que o Riachense iria à procura do segundo, mas não foi isso que aconteceu. O Benfica e Castelo Branco começou a encostar a equipa de Riachos bem lá atrás, atacando maioritariamente, pelas alas, as quais são bastante rápidas, diga-se. Quer seja de canto, ou em passes longos para a frente, criavam sempre bastante perigo. Até que, quando ninguém esperava, surge o golo do empate, na cobrança de um livre à entrada da área (32’). 

 

Na segunda parte, a pressão dos albi-castrenses acentuou-se, mas sem criarem verdadeiros lances de perigo para a baliza de Telmo. No último quarto de hora a equipa riachense voltou a ter a iniciativa do jogo e foi premiada com o golo obtido mesmo ao cair do pano (87’). Jota faz um toque de calcanhar mágico, que desmarca João Alves, que leva um toque por trás, levanta-se, corre para a baliza e faz o golo da vitória. Um golo histórico que apura o Atlético para a quarta eliminatória.

 

Fez-se história, no Coronel Mário Cunha, e agora, é esperar que venha um ‘grande’ para encher este estádio de animação!

A arbitragem deixou muito a desejar, tendo deixado passar em branco vários lances para cartão, do lado do Benfica C. Branco.

 

Riachense:  Telmo (3), João Alves (5), Pedro Galrinho (4), Saúl (3), João Rodrigues (4), Sandro (3), Bruno Lemos (4), Jota (5), Júlio (3), Mauro (3), Seninho (4).

Substituições: Seninho (65’) por Bernardo Marques (3), Jota (90+5) por Carioca (-), Bernardo Marques (90+5) por Natalino (-).

Golos: Bruno Lemos (5’), João Alves (87’)

Disciplina: Amarelos para Júlio (12’), Pedro Galrinho (21’), Jota (30’), Sandro (52’), Saúl (60’), Bruno Lemos (90+5), Bernardo Marques (90+5).

Treinador: Paulo Costa

Benfica e Castelo Branco:  Hidalgo, André Cunha, Vasco Matos, Chileno, Job, Fábio Marinheiro, Fábio Santos, Marocas, Telmo, Dani Matos, João Rui.

Substituições: Telmo por Ranger (76’), Chileno por Tiago Pereira(88’).

Golos: Dani Matos(32’)

Disciplina: Amarelos para Vasco Matos(29’), Fábio Santos(90+5).

Treinador: Ricardo António

Arbitragem: Nuno Roque (Coimbra) auxiliado por Luís Henriques e Fábio Monteiro