Encontros da Lusofonia uniram Portugal e Brasil

Quarta, 23 Novembro 2011 16:02 Mais notícias
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Entre o século XVI e início do século XIX, o açúcar, a madeiras e os metais preciosos brasileiros enriqueceram os cofres da coroa portuguesa. Agora, com a Europa em crise, o Brasil pode voltar a ser a tábua de salvação de um país em decadência. Os IV Encontros de Lusofonia, que decorreram entre 14 e 19 de Novembro, tiveram este ano especial dedicação ao Brasil.
A sessão de encerramento, realizada no sábado com escassa assistência, contou com a presença do embaixador representante do Brasil junto da CPLP, Pedro Motta Pinto Coelho. A certa altura, falou no novo acordo ortográfico da língua portuguesa como um dos factores de aproximação dos países que falam a língua de Camões. António Rodrigues, presidente da câmara municipal de Torres Novas, mostrou-se claramente contra o novo acordo, apesar de considerar que o Brasil poderá ser, novamente, uma oportunidade estratégica para o nosso país, tendo em conta a actual conjuntura portuguesa, defendendo que a língua deverá ser um motivo de desenvolvimento social e económico.
Durante os Encontros da Lusofonia realizaram-se diversas conferências tendo como principal tema as seculares relações entre Portugal e o Brasil. Decorreram também oficinas dirigidas às escolas, exposições, cinema e a 4ª feira do livro e da leitura lusófona.
Né Ladeiras subiu ao palco do Teatro Virgínia no sábado à noite para encerrar os Encontros com chave de ouro.

Nova Augusta aborda primórdios do futebol em Riachos

Ainda no sábado, a câmara municipal lançou o número 23 da revista Nova Augusta, que completará 50 anos em 2012. Desta vez, a publicação alargou os seus horizontes para os concelhos vizinhos, tendo artigos tão variados como as lutas ferroviárias no Entroncamento durante a 1.ª República, por Manuela Poitout, as memórias paroquiais de Ourém, da autoria de Vasco Jorge Rosa da Silva, ou histórias à volta da Museu dos Patudos por Franklin Pereira.
Carlos Simões Nuno aborda os primeiros tempos do futebol em Riachos, nas décadas de 20 e 30 do século passado e a sua importância social numa povoação em crescimento demográfico e económico.
Quando a edição da revista já estava fechada, confirmou-se o encerramento da Fiação e Tecidos, a fábrica mais antiga de Portugal em laboração. Em jeito de homenagem, a capa da revista apresenta uma fotografia da unidade fabril.