As obras previstas para a Escola Chora Barroso são de ordem estrutural. Os trabalhos englobam a renovação de algumas fundações, redes de água, electricidade, informática, requalificação da zona envolvente dos edifícios e implementação de climatização. A par disso, os telhados, em fibrocimento, têm de ser substituídos por outros que não contenham amianto. Este material, actualmente proibido na Comunidade Europeia, devido às suas propriedades cancerígenas, foi muito popular nas construções desde os anos setenta, do século passado.

A DRELVT (Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo) garante 30% do valor total, ficando o restante a cargo do município, através do Programa Operacional Temático Valorização do Território (POVT). Ou seja, os restantes 1,23 milhões de euros surgirão a partir da candidatura do POVT. Caso não seja aprovada, será a DRELTV a custear a cem por cento o investimento de 1,75 milhões de euros.

Em Julho de 2008, há um ano e dois meses, António Rodrigues avançou em primeira-mão ao riachense, que a recuperação da escola deveria acontecer dentro de meses, no início de 2009. “Tenho quase a certeza que a obra vai ser uma realidade e a escola ficará preparada para os próximos 20 ou 30 anos”, afirmou ainda o autarca, num discurso populista e pouco realista.

Já os primeiros anos da Chora Barroso tinham sido de obras. Embora inaugurada em Setembro de 1991, com cerca de seis centenas de alunos, grande parte do complexo estava ainda longe de pronto a ser usado, e alunos, professores e funcionários tiveram de se debater com betoneiras, martelos pneumáticos, e toda uma miríade de ruídos normais num estaleiro de construção civil.

Tentámos obter algumas respostas junto dos serviços da autarquia, nomeadamente da vereadora Manuela Pinheiro, entre os quais o início das obras, condições de aulas – em contentores ou não – mas até ao fecho desta edição não obtivemos resposta por parte da edilidade.