Dias após ter sido o grande vencedor das eleições de 29 de Setembro, o novo presidente da Junta de Freguesia de Riachos encetou conversações com o PS para concretizar um acordo para a constituição do executivo dos próximos quatro anos.

Sem maioria na assembleia, (num total de 9 mandatos, o GRUPPO ficou com 3, o PS 3, a CDU 2 e o BE 1), o GRUPPO precisa do apoio do PS ou da CDU para formar uma maioria e eleger o executivo escolhido pelo presidente. 

Alexandre Simas disse-nos que já conversou com José Júlio Ferreira, o cabeça de lista da candidatura do PS, para ocupar um cargo, que poderá ser o de tesoureiro, apesar de ainda não existir uma divisão definitiva dos cargos. José Júlio tem abertura para aceitar o convite, dizendo que atribui a Simas “o valor e a competência para ser um bom presidente de Junta”. “Se isto andar para a frente, comprometo-me a manter uma certa unidade na autarquia”, disse José Júlio, reconhecendo também a importância de haver acordos tácitos posteriores no seio da Assembleia de Freguesia.

Sobre a preferência pela ligação ao PS, deixando a CDU de fora, Simas disse que decidiu “sem grandes sobressaltos” uma vez que “é com quem existe maior proximidade, tanto com o partido [PS] como com as pessoas”.

A tomada de posse deverá acontecer em sessão da Assembleia no dia 19 de Setembro, contudo, no fecho desta edição ainda não estava confirmada a data.

José Manuel Martins é, desde o lançamento da campanha eleitoral, o nome escolhido pelos independentes para a presidência da mesa da Assembleia de Freguesia. O PS já disse também aprovar a escolha daquele que também é um dos principais mentores da Equipa de Animação da Paróquia.

Na senda da procura da coesão e de consensos, o grupo de Alexandre Simas propôs a entrada de um elemento do PS e outro do Bloco de Esquerda na Mesa da Assembleia. Enquanto um dos três mandatos do PS deverá aceitar entrar para a Mesa como 1.º ou 2.º secretário, João Luz não aceitou o convite. O único eleito do Bloco de Esquerda disse a O RIACHENSE que fazer parte da mesa não traria qualquer vantagem à participação activa do Bloco na Assembleia, antes pelo contrário, iria desviar a sua atenção do acompanhamento dos assuntos discutidos e, especialmente, das propostas que quer fazer.