Em Riachos ainda não se sabe quem vão ser os concorrentes ao lugar de João Cardoso na Junta de Freguesia.

O presidente, que caminha para o fim do seu terceiro e último mandato, confessou a o riachense, em Janeiro, que achava que o melhor para Riachos seria a composição de uma lista independente que reunisse elementos de várias sensibilidades políticas, com o objectivo de defender Riachos de uma forma autónoma. Confessou mesmo algum saudosismo pelo GUIAR, o grupo independente que geriu a Junta durante parte da década de 80 e que, segundo a sua opinião, foi aquele que mais fez por Riachos.

Mas o certo é que não há conhecimento de estar a haver qualquer movimentação em Riachos para criar uma lista independente para as eleições autárquicas de Outubro. No campo dos partidos, nesta altura quente para o aparecimento das listas, ainda não há qualquer confirmação de nomes, apesar de algumas apostas que se vão fazendo. Para já, fica apenas a vontade expressa pelos anteriores candidatos dos vários partidos em não repetirem a experiência.

Com João Cardoso fora do baralho, a concelhia torrejana do PS equaciona vários nomes para a freguesia riachense, segundo nos revelou Pedro Ferreira, o já anunciado candidato socialista à Câmara. Apesar disso, o partido não encetou qualquer conversa concreta nem convite a às hipóteses que estão em cima da mesa.

José Júlio Ferreira, o comandante da comissão administrativa do Atlético Riachense que agora cessa o seu mandato, tem sido um dos nomes mais falados na vila como provável candidato do PS. A o riachense, o próprio não confirma nem desmente o interesse numa possível candidatura, mas afiança que não teve nenhuma abordagem de qualquer partido. José Júlio confessa que não tem nenhum “interesse especial em ser presidente da Junta”, mas que, a ser candidato por um partido, sê-lo-á com o estatuto de independente. Tudo depende do grupo e do projecto que lhe for proposto, se vier a ser.

No PSD, José Figueiredo, candidato há quatro anos, garantiu que não o voltará a ser este ano. Está disponível para ocupar uma posição elegível numa lista social-democrata, mas nunca como cabeça-de-lista. Em vésperas de apresentar o relatório das contas de 2012, o actual tesoureiro da Junta diz que tomou a decisão de não se recandidatar, “atendendo às difíceis condições e circunstâncias” com que tem desempenhado o seu trabalho como tesoureiro na Junta. Cabe à concelhia, liderada pelo candidato à Câmara Henrique Reis, a tarefa de seleccionar um candidato para Riachos.

Na CDU também se marca passo. António Júlio Pereira Jorge, como foi o número dois da lista liderada por Bernardino Carrilho nas últimas eleições, tem sido o nome mais falado para encabeçar a lista. Confrontado com a hipótese, Pereira Jorge mostra-se renitente e diz que o primeiro passo dos comunistas riachenses é elaborar o programa eleitoral. “Estamos a identificar os problemas de Riachos para fazer um programa de acção. A lista há-de ir aparecendo”, disse-nos. O dirigente do NAR orientou as duas reuniões que já foram feitas, assim como os trabalhos de limpeza do Cinema Olímpia, local onde vão voltar a trabalhar durante a próxima campanha.

No Bloco de Esquerda está tudo ainda muito no início, disse-nos Rodrigo Teixeira. O candidato de há quatro anos deu-nos a certeza de que não vai repetir a candidatura, apesar de poder vir a integrar a lista. A coordenação com António Gomes e outros elementos do BE torrejano está a ser feita, mas durante as primeiras reuniões dos elementos do partido em Riachos houve um consenso para apoiar uma lista independente, caso aparecesse um movimento agregador e abrangente que pudesse ocupar o lugar das candidaturas de mais dois partidos. Esta já não é, no entanto, uma viabilidade para o BE, uma vez que não surgiu qualquer movimentação nesse sentido nos últimos meses.

Entretanto, até ao próximo fim-de-semana, o BE de Torres Novas vai aprovar os seus candidatos à Câmara e à Assembleia Municipal, cujos nomes ainda estão em segredo, mas o riachense sabe que a deputada à Assembleia da República, Helena Pinto, é uma forte hipótese para cabeça-de-lista à Câmara.