Rede de Museus do Ribatejo Norte reuniu em Riachos

Quarta, 20 Fevereiro 2013 17:33 André Lopes Riachos
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No passado dia 30 de Janeiro realizou-se, no Museu Agrícola de Riachos, a primeira reunião da “Rede de Museus Rurais” do Ribatejo Norte, com o objectivo de dinamizar esta rede museológica e de divulgar e promover as artes e ofícios do mundo rural.
A Rede de Museus Rurais é um projecto local que pretende juntar os museus rurais com a finalidade de promover, qualificar e dar a conhecer a história e a cultura do meio rural onde se enquadram.
Nesta reunião, promovida pela ADIRN, participaram representantes de diversos museus da região, com a tarefa de analisar a realidade dos museus e quais as dificuldades sentidas, nomeadamente ao nível do espólio, interpretação, preservação e legislação.
Nas conclusões da reunião ficou decidido que o trabalho a desenvolver focar-se-á em seis áreas: conhecimento, espólio, infra-estruturas, animação, produto turístico e promoção.
A intervenção de fundo esteve a cargo de Jorge Rodrigues, responsável técnico da ADIRN, e foi seguida de um debate entre todas as instituições presentes; além do MAR, estiveram nesta reunião os Museus da Levada (Tomar) e de Ourém, a Casa Memorial Humberto Delgado, as Juntas de Freguesia de Paialvo e do Espinheiro e o Rancho Folclórico de Linhaceira.
Os próximos passos previstos são a elaboração de fichas de identificação e o mapeamento das colecções dos museus, a organização de conteúdos para publicação e a preparação de uma newsletter da Rede.
Em declarações a o riachense, Luís Mota Figueira, director técnico do MAR, salientou a importância deste tipo de iniciativas em rede, única forma destas instituições ganharem escala, não só para melhor prosseguirem os seus objectivos mas também para conseguirem uma presença significativa na região e, mesmo, a nível internacional. A ADIRN surge, assim, como uma entidade privilegiada para dinamizar esta rede – que deveria servir de exemplo para a cooperação desejável entre tantas outras áreas de actividade – pois a sua base territorial permite-lhe essa visão de conjunto, sem os entraves de compromissos e de interesses particulares que tantas vezes surgem quando se envolvem municípios ou outras entidades oficiais.
Conforme o deseja Luís Mota Figueira, só quando o papel dos museus e de outras estruturas da cultura se tornar uma coisa banal na vida quotidiana, em vez de um nicho sagrado e reservado, poderemos considerar que vivemos numa sociedade melhor para todos.