o riachense

Sbado,
20 de Abril de 2024
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Lesados não sabem quem vai pagar prejuízos

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Obras provocaram danos avultados em equipamentos eléctricos

Os moradores das ruas Dr. José Marques, Sargaço, Filarmónica e Dr. Rivotti, que foram afectados por uma avaria na rede eléctrica, continuam à espera de saber quem irá acarretar com as despesas dos seus prejuízos. A sobrecarga, ocorrida no dia 18 de Outubro, possivelmente foi originada por uma ruptura num cabo subterrâneo devido às obras de asfaltamento da rua Dr. José Marques, da responsabilidade da câmara municipal de Torres Novas. Provocou diversos danos, avaliados em vários milhares de euros, em equipamentos eléctricos de casas e estabelecimentos comerciais daquela zona. Nem o sino da igreja escapou.
Maria Helena Dias estava a servir almoços no restaurante Palheiro, rua Dr. Rivotti, quando ouviu um estrondo ficando sem luz dentro do estabelecimento. “Logo nesse dia, a partir da uma e meia da tarde, tive de deixar de trabalhar porque todos os aparelhos são eléctricos”.
Mais tarde, quando a electricidade foi reposta constatou que a vitrina de frio, um aparelho de ar condicionado, várias lâmpadas, a máquina de lavar copos e um computador portátil já não deram qualquer sinal. Telefonou para a EDP e não gostou do que ouviu: “Disseram-me que não podiam mandar arranjar os aparelhos. Como tenho uma casa aberta ao público, tive de avançar a meu custo, excepto com o ar condicionado, que custava dois mil euros. Mesmo assim gastei 250 euros em reparações e substituição de lâmpadas”, afirma Maria Helena Dias, recordando que a electricidade já fraquejava desde que começaram as obras na rua do museu.
Passados dois ou três dias da avaria, a proprietária do Palheiro enviou a participação do sucedido à EDP e a empresa eléctrica respondeu que já estava em averiguações. Defende que a EDP já deveria ter mandado um perito para analisar os equipamentos avariados, revelando que o responsável pela obra assegurou que viria fazer um levantamento, “mas ainda não veio cá ninguém e já passou um mês”.
Como os prejuízos dos vários clientes da EDP são muito elevados, Maria Helena Dias desconfia que o processo vai ser moroso até se apurarem responsabilidades: “Vamos andar meses neste jogo do empurra entre a EDP e a Câmara, mas alguém terá de pagar. Vou esperar mais uma semana ou duas e depois, se não existirem novidades, irei fazer nova reclamação”.
José Manuel Martins, morador na mesma rua, ficou sem frigorífico, ferro de engomar, máquina de café, dois receptores de TV cabo, vários transformadores e o contador da electricidade. O prejuízo ronda os 600 euros. Foi um dos primeiros lesados a fazer a participação formal, ainda no próprio dia da avaria, e na semana seguinte recebeu a resposta, em que a EDP explica que está a analisar a situação, existindo a hipótese de assumir as despesas ou não. Até à passada sexta-feira, não obteve mais nenhum esclarecimento da EDP. “Ainda ninguém assumiu a responsabilidade, mas alguém vai ter que pagar os prejuízos causados”, adianta José Manuel Martins, que mostrou ter conhecimento de pessoas com danos na ordem de alguns milhares de euros.
O presidente da junta de freguesia, João Cardoso, que tem acompanhado o processo, afirmou a o riachense que o encarregado da obra disse, no dia da avaria, que a EDP iria assumir os estragos. “É natural que existam averiguações, de resto não sei mais nada”, ressalvou.
Contactamos a EDP para questionar o motivo da avaria e de quem foi a responsabilidade, mas não recebemos qualquer resposta até ao fecho desta edição.
No entanto, ao que apurámos, a avaria terá sido provocada pela acção de uma retroescavadora durante os trabalhos de asfaltamento da rua. A EDP resolveu a situação eléctrica, mas o piso, que tinha acabado de ser colocado, ainda não foi reparado.
 
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