“A política do município vai acabar com o associativismo e sem colectividades não nos podemos sentir riachenses”Carina Fernandes, eleita na Assembleia de Freguesia pela CDU, mostrou-se preocupada com as dificuldades financeiras que as colectividades enfrentam, depois de ter lido n’o riachense que o rancho “Os Camponeses” não realizaram o habitual festival de folclore devido a uma situação económica desfavorável, agravada com a falta de pagamentos de subsídios camarários desde 2009. Por outro lado, mostrou alguma estranheza pelo facto de o aluguer do autocarro camarário ser mais caro do que os de empresas de transportes, uma das queixas de Joaquim Santana na última edição deste jornal.
Dulce Sá respondeu que a Junta também não tem dinheiro, a não ser para despesas correntes. Mesmo assim, garantiu que tem dado algum apoio às colectividades, “mas não pode suportar um festival de folclore”.
Telma Martinho, na qualidade de componente do rancho, explicou que o problema (económico) do grupo é transversal a todas as colectividades. Quanto ao autocarro, “há uma nova tabela de taxas e só a requisição custa 20 euros”, lamentou. Logo de seguida, o não alinhado José Luís Jacinto disse que todas as associações estão em dificuldades, recordando que o regulamento de taxas foi aprovado na assembleia municipal pelo PS e pela sua bancada, sendo o único social-democrata a votar contra “porque já sabia que o novo regulamento iria prejudicar as colectividades. Reflecte a política de quem governa e que não apoia quem trabalha”. E as críticas prosseguiram: “O dinheiro gasto pela Turrisespaços dava para apoiar todas as colectividades do concelho e para a promoção da cultura local. Esta política do município vai acabar com o associativismo e sem colectividades não nos podemos sentir riachenses”. N.M.
