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Quinta,
25 de Abril de 2024
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Miguel Cunha abandona Atlético

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Depois de 25 anos como jogador e três como responsável pelo futebol sénior do Atlético, Miguel Cunha vai deixar o clube para abarcar outros projectos.
“O clube está no caminho certo, porque agora não depende apenas de uma pessoa, mas de várias e de diversas iniciativas e patrocinadores. As pessoas não se devem acomodar aos lugares, chegando a hora de descansar e dar prioridade a outras coisas que desejo fazer, como passar mais tempo com os meus filhos.Senti que é altura certa”

Confessa Miguel Cunha, o carismático director desportivo do Atlético.

Já tinha pensado em abandonar na época passada, mas decidiu continuar para ajudar o clube no regresso aos nacionais: “Senti que as dificuldades iriam ser muitas, como têm sido. O dinheiro escasseia e não havia direcção. Depois de uma subida obrigada à 3.ª divisão decidi não abandonar o barco para fazermos uma boa temporada, de forma digna, e estou feliz porque penso que isso foi conseguido. Agora saio tranquilo”. No entanto, não esconde que pondera regressar aos relvados, mas noutro papel e só daqui a alguns tempos: “Gostava de ser adjunto de um bom treinador, num bom clube”, revela.

Enquanto director desportivo, conquistou dois campeonatos distritais, duas Taças Ribatejo e uma Supertaça: “Foram momentos muito marcantes. Passei três anos fantásticos com títulos, alegrias e boas equipas”, afirma Miguel Cunha, sem esquecer os treinadores. Diz que Frederico Rasteiro, uma escolha sua, foi uma aposta ganha, apesar de não conhecer a realidade do campeonato distrital. “Tenho pena que não tivesse continuado, mas saiu por questões monetárias”, explica Miguel Cunha. O Atlético não tinha dinheiro para satisfazer as exigências do treinador e o ex-capitão recorreu à prata da casa. Nando Costa, que tinha sido adjunto de Rasteiro, foi o técnico escolhido por Miguel Cunha para orientar a equipa no regresso aos nacionais: “Tem muita qualidade e valor. Conhece bem o clube e estou muito satisfeito porque atingiu os objectivos propostos”.
Foram três anos com muitos títulos, mas também com muitas dores de cabeça: “É muito mais fácil ser jogador do que director. Tenho muito mais trabalho, mais preocupações e mais noites sem dormir”, ressalva.
Conhecedor do futebol distrital, que diz ser o lugar do Atlético, Miguel Cunha mostra-se completamente contra o actual modelo em que os campeonatos são disputados, em duas fases, com divisão de pontos: “O campeonato tem que ser inteiro, é uma injustiça total”. Por outro lado, afirma que se continuam a cometer muitas loucuras no futebol, “mas isso vai acabar. Há que apostar muito mais na formação em vez de dar dinheiro desenfreado a jogadores. Por isso, os clubes estão na ruína. O investimento deve ser feito nas camadas jovens para que os seniores tenham jogadores da casa”.
Quanto à 3.ª divisão nacional, Miguel Cunha adianta que o escalão já passou por uma má fase, mas este ano reconhece que defrontou três ou quatro equipas como muita qualidade, “como se via antigamente”.
Quanto à próxima época, ainda não existiram contactos para renovações: “Não faz sentido formar um plantel do qual não serei responsável, mas estou pronto para ajudar quem me substituir”.
Sobre a crise directiva que assola o Atlético, não se mostra muito preocupado: “Sempre que uma direcção sai, acontece isso. Foi com João Cardoso, Joaquim Martinho e Jorge Pereira. Há dificuldades em arranjar pessoas para a direcção e têm sido quase sempre os mesmos a assumir. O clube não vai morrer, mas vai ficando mais pobre à medida que vão saindo pessoas. É importante que entre gente nova, com dinâmica. Se o Atlético estiver bem, Riachos também está”.

Nuno Matos

Actualizado em ( Quarta, 04 Maio 2011 10:42 )  
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