As comissões de utentes da saúde do distrito de Santarém aprovaram uma moção dirigida à ministra da Saúde que exige mais médicos e enfermeiros, medicamentos mais baratos, transporte para os doentes, o fim do encerramento de serviços e a reabertura das unidades encerradas. O documento foi aprovado por unanimidade nas acções de protesto que decorreram, no passado sábado, à porta dos centros de saúde de Torres Novas, Almeirim e Constância.No caso do concelho de Torres Novas, onde ao todo faltam sete médicos de família em Olaia, Riachos, Ribeira Branca e Meia Via, as pessoas alhearam-se desta manifestação pois não estiveram presentes mais de meia centena. Mais de 13 mil estão sem médico.
Manuel José Soares, da CUSMT, considera que o número de manifestantes é sempre insuficiente, mas refere que o mais importante é a moção aprovada.
No dia anterior, houve uma espécie de prelúdio da manifestação do dia 16, junto ao centro de saúde de Riachos, onde Pedro Marques, director do ACES Serra d’Aire, confirmou que um médico entrará ao serviço na Olaia em Junho, (anunciado inicialmente para Março), esperando ainda um reforço de médicos sul-americanos, mas sem apontar datas.
Os presidentes de junta de Riachos, Ribeira e Lapas também se associaram à acção de protesto, assim como vários políticos. Um deles foi Carlos Tomé. O vereador da CDU referiu que é preciso lutar pela saúde, “um direito essencial dos utentes”.
João Santos, um dos populares sem médico de família, referiu que gostava de ali ter visto o presidente da Câmara, que não deu o seu apoio aos torrejanos que não têm médico. Outros manifestantes manifestaram-se cépticos quanto à vinda de médicos sul-americanos, dizendo que “são manobras de diversão”. N.M.
