o riachense

Segunda,
06 de Maio de 2024
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Forcados de Riachos preparam-se para voltar às praças

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Depois de uma breve aparição entre 1995 e 1998 e de uma tentativa de regresso frustrada em 2000, o Grupo de Forcados de Riachos reaparece agora para voltar às lides. Um grupo dessa malta de 1995, juntamente com sangue novo, está a treinar para regressar às praças.
Amaral de Oliveira, natural do Entroncamento, mas com grande ligação afectiva a Riachos por causa da tauromaquia, tem sido um dos impulsionadores do novo grupo.
Em 2004 escreveu o livro “Esquecidos da morte - Forcados de Riachos”, um título editado pela Câmara Municipal de Torres Novas. E agora, em entrevista a “o riachense” explica os fundamentos da reaparição do Grupo para que a tradição não se perca e para que o nome de Riachos seja novamente ouvido no meio taurino.

Como surgiu a ideia de reactivar o Grupo de Forcados de Riachos?
A ideia de reactivação, no início de 2010, partiu de elementos que pertenceram ao Grupo formado em 1995 e que nunca perderam o contacto uns dos outros. Como diz Nuno Salvação Barreto “um grupo de forcados é principalmente um grupo de amigos que por acaso até pegam toiros”.

Quantos membros constituem o Grupo?
Actualmente, entre os mais antigos e os mais jovens, estão cerca de 20 elementos, alguns de Riachos e outros de terras limítrofes. Temos oito rapazes do Grupo formado em 1995, e que não se têm poupado a esforços para prestar os seus conhecimentos aos novos elementos, onde alguns deles só recentemente tiveram pela primeira vez contacto com reses bravas nos treinos.

Quem é o novo cabo?
O novo cabo chama-se Carlos Branco, que chegou a pegar em vários grupos, o último dos quais, o de Riachos em 1995 e que tem um filho de seu nome João Paulo Branco que está actualmente a pegar nos Amadores de Tomar.

Onde costumam treinar?
Ainda só se realizaram três treinos porque o Inverno tem sido rigoroso. Dois ocorreram em finais do ano de 2010 no Tentadero do Casal das Fontainhas, perto da Barragem do Castelo de Bode e este ano já houve um treino na Quinta de Miranda junto à estação ferroviária de Mato de Miranda.

Pelo que se fala, há interesse em criar uma tertúlia em Riachos. Qual o ponto de situação?
Penso ser uma mais-valia para a vila porque Riachos tem uma história invejável no plano da forcadagem. Além de ter sido o Grupo convidado para a inauguração do Campo Pequeno, em Lisboa, e da arena de Évora, entre outras, foi também o primeiro Grupo a aparecer com o nome da terra que representava. Teve nas suas fileiras homens valentes como Manuel Alcorriol, Zé Sapateiro, João Serra, Manuel Faia, José Luís Coragem, entre outros. Por agora, prevalece a boa vontade de um casal de riachenses que a título provisório nos facultou uns anexos com três divisões e um pátio a fim de se começar a preparar toda essa história, bem como para reuniões e tempos de lazer num ambiente taurino.

Quais são os principais objectivos do novo grupo?
Os principais objectivos do Grupo são o de reabilitar uma tradição que se foi desvanecendo na vila de Riachos, vá-se lá saber porquê.

Certamente, será necessário adquirir novo fardamento. Têm apoios ou têm realizado actividades para angariação de fundos?
O Grupo tem feito esforços para organizar alguns eventos que proporcionem receitas para a compra das jaquetas e não só, isto porque ainda não teve apoios de ninguém. Foi feito um baile que por sinal coincidiu com uma noite terrível de invernia e que não deu os “frutos” desejados. Organizou-se uma picaria e fez-se uma parceria com dois grupos musicais “Almamente” e “Os Outros” que decorreu bem melhor. No domingo de Carnaval proporcionou-se às crianças um dia diferente com uma garraiada.  

Já existe alguma data prevista para a estreia?
Ainda não, porque queremos fazer as coisas com calma para não cometer alguns erros que se cometeram no passado.

Regressar ao Campo Pequeno é uma ambição?

Regressar ao Campo Pequeno não é, nem pode ser uma ambição para já, porque a maioria dos elementos que compõem o Grupo são jovens que davam largas à sua aficion em largadas de toiros e picarias e não tem formação como forcados. Trazer para cá jovens que se comecem a reger por valores que a nossa sociedade está a perder a um ritmo louco é o nosso principal objectivo. Amizade, espírito de grupo, assiduidade, entrega e sacrifício, são os principais objectivos de imediato e transmitidos pelos mais velhos.

A última aparição do Grupo de Forcados de Riachos terá sido na última festa da Bênção do Gado, certo?
Não, a última aparição do Grupo de Forcados foi a 25 de Outubro de 1998, numa corrida em Riachos em que o cabo João Santos fez a sua despedida. Na Festa da Bênção do Gado, tem pegado o Grupo de Forcados Amigos de Riachos, o que é de louvar porque riachenses, e não só, que estão a pegar noutros grupos se juntam e convidam amigos para pegarem nesses festejos.
Actualizado em ( Quarta, 23 Março 2011 16:01 )  
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