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Segunda,
06 de Maio de 2024
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Fiação e Tecidos em situação de insolvência

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Mais de 100 trabalhadores já suspenderam contratos

Na última sexta-feira, cerca de 120 dos 142 funcionários da Fiação e Tecidos já tinham formalizado a suspensão de contrato de trabalho através do sindicato, laborando só até dia 26 e mesmo assim a meio gás, porque não há encomendas. Segundo Joaquim Mendes António, representante do Sindicato dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Curtumes do Sul, o processo de insolvência foi entregue no Tribunal também na sexta-feira. O sindicalista confirmou ainda que existe um investidor interessado, a Lanidor, mas que pretende manter apenas 75 funcionários. Os restantes continuarão no fundo de desemprego, sem saber quando irão receber as indemnizações a que têm direito.
A Fiação e Tecidos emprega 142 trabalhadores que, a 14 de Janeiro, ainda não tinham recebido parte do subsídio de Natal de 2008, subsídios de férias e de Natal de 2009 e 2010, assim como o ordenado de Dezembro. O mês de Janeiro também está a acabar e as férias e subsídio de férias de 2011 venceram no primeiro dia do ano.
Questionada pelo “o riachense” sobre a possibilidade de um despedimento colectivo, a administração da empresa informou a meio da semana passada que “lamentavelmente torna-se impossível manter a actual estrutura. Agora todo o processo está a ser estudado e implementado, em diálogo permanente com os trabalhadores e sua comissão.
Quanto ao número de trabalhadores afectados, a empresa diz que ainda nada está definido e assente, “e quem o fizer está pura e simplesmente a especular”, respondeu-nos a empresa na quinta-feira, dia 20.

Louçã diz que é “gravíssimo”

Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda, diz que o despedimento de 67 trabalhadores da Fiação e Tecidos é “gravíssimo”. Nos últimos anos, a empresa tem enfrentado grandes dificuldades devido a quebras de facturação provocadas pela redução drástica do volume de encomendas. Passou por um período de lay-off de um ano, entre Junho de 2009 e Junho de 2010, e agora está quase parada.
No dia 14, os trabalhadores reuniram em plenário onde lhes terá sido proposto a rescisão do contrato de trabalho por mútuo acordo, o que não foi aceite, optando antes pela suspensão de contrato de forma a não perderem direitos.
“Não se podem deitar fora estes trabalhadores como se fossem trapos velhos”, afirmou Louçã às portas da empresa onde esteve numa acção de contacto com os funcionários no dia do plenário. O líder do BE defendeu que é necessário garantir o emprego e proteger os trabalhadores, tecendo duras críticas à administração: “Esta empresa tem uma história de competência, porque é única, com capacidade de exportação, mas cujas capacidades têm sido destroçadas por esta política disparatada de gestão que pensa que a empresa pode sobreviver melhor quanto mais baixos forem os salários. Isso é um disparate inaceitável. Temos aqui trabalhadores que ganham o salário mínimo e um administrador que ganha 20 vezes mais”, afirmou.
O BE promete continuar a defender os direitos dos trabalhadores: “Temos esse compromisso”, finalizou Louçã, dizendo que o número de desempregados em Portugal vai chegar este ano aos 700 mil.
Entretanto, o Bloco questionou no dia 19 os Ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social e da Economia e Inovação, sobre a situação da Companhia Nacional de Fiação e Tecidos de Torres Novas. O que pensa o Governo fazer para que os trabalhadores possam receber os subsídios e salários que lhes são devidos ou se a empresa apresentou algum plano de recuperação e de viabilização no seguimento da situação de lay-off, foram algumas das questões colocadas. N.M.
 
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