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Quarta,
08 de Maio de 2024
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Serôdio diz-se farto de ser enganado pela Câmara

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Meia Via pondera referendo para mudar para o Entroncamento

José Gil Serôdio, presidente da Junta da Meia Via, há muito que se queixa do tratamento dado pela Câmara à sua freguesia. Entende que tem sido enganado e desta vez, saltou-lhe a tampa

, explodindo de vez na última Assembleia Municipal. Atacou ferozmente António Rodrigues e a autarquia, ameaçando mesmo fazer um referendo para mudar a freguesia para concelho do Entroncamento.

Serôdio, que já liderou a Junta pelo PS, mas concorreu como independente nas últimas eleições, discursou durante vários minutos para explicar os motivos pelos quais se sente enganado: “Todos sabemos que o presidente da Câmara não admite derrotas. Encara os adversários políticos como inimigos e usa e o seu poder para os vergar. Na Meia Via não nos vergamos, já não acreditamos na Câmara e estamos revoltados”.

  O autarca prosseguiu em tom crítico dizendo que a Câmara nada faz para resolver os problemas da Meia Via, antes pelo contrário: “Sempre que podem, arranjam-nos mais e mais graves problemas”. E deu exemplos: “O sistema de abastecimento de água é insuficiente, o sistema de saneamento básico está em permanente ruptura, há esgotos a correr a céu aberto e instalaram-nos, à porta, na estrada da Sapeira, com licença da Câmara, um cancro ambiental denominado Componatura que lança na atmosfera gases tóxicos e cheiros pestilentos que atingem 50 mil pessoas”.
  E Serôdio continuou ao ataque: “A pavimentação da Meia Via, que foi executada tarde e a más horas, é uma obra que envergonha qualquer autarquia e a pavimentação das ruas da Charneca continuam por fazer. A Câmara promete e não cumpre, vai avançando datas que em si próprias se esgotam, continuam as mentiras à Junta e à população”.
  Por outro lado, Serôdio adiantou que a Junta já construiu vários equipamentos e efectuou diversos melhoramentos na freguesia e até à data, não recebeu um cêntimo da Câmara. “Nós sabemos que nos últimos 15 anos a Câmara se deu ao luxo de apenas reinvestir na Meia Via 16% das receitas que cobrou na nossa freguesia. Para onde foram os restantes 84%?”, questiona o autarca, para continuar: “A resposta não é difícil de encontrar. Basta reparar que estamos a contribuir com o nosso dinheiro para a realização de obras, que apenas servem para satisfazer as vaidades pessoais dos senhores da Câmara”.
  Perante tais factos, Serôdio diz que os meiavienses só têm duas hipóteses: “Continuar no concelho de Torres Novas, ou, pelo contrário, mudar para o concelho do Entroncamento”. E justifica: “Do lado de Torres Novas só encontramos desinteresse, esbulho, retaliação e vingança, uma Câmara desgovernada e um concelho em crise. No Entroncamento encontramos uma população jovem, um poder de compra dos mais altos do país, escolas mais próximas das nossas residências, mais e melhores equipamentos de desporto, lazer e manutenção física, enorme apoio da Câmara às freguesias, impostos mais baixos, menos burocracias camarárias e médicos de família para todos, etc”.
  Perante tal conjunto de constatações, Serôdio afirmou estar a ponderar um referendo local em Meia Via para os meiavienses escolherem o concelho a que querem pertencer.
  Rodrigues ouviu com atenção, esboçou alguns sorrisos irónicos, mas não teceu qualquer comentário ao longo rol de críticas proferidas por José Gil Serôdio. N.M.

 Curto e grosso

José Gil Serôdio pode ser uma pessoa controversa. Talvez seja. No entanto, os meiavienses acreditam nele, tanto que foi reeleito como presidente da Junta de Freguesia há precisamente um ano. Foi escolhido para gerir os destinos da Meia Via e ganhou o direito para ter voz activa na Assembleia Municipal, o mais importante órgão do município. E aí, deixa a subserviência de lado para partir a loiça toda na defesa dos interesses de quem o elegeu. Bem ou mal, goste-se ou não, critique-se ou aclama-se, com ou sem razão, Serôdio não faz vénias a Rodrigues como ficou provado na última Assembleia.
  Serôdio, que comanda uma pequena barcaça, vai disparando tiros, que por vezes fazem mossa no porta-aviões, enquanto os seus colegas autarcas assistem impávidos e serenos a esta batalha.
  Das duas uma: ou a maior parte dos presidentes de Junta vai às assembleias para sacar os cerca de 70 euros das senhas de presença que sempre dão para umas petiscadas, ou vai fazer figura de marioneta, pois sempre que Rodrigues puxa o cordel ou pisca o olho, lá estão eles a levantar o braço.
  Se todos tivessem os “ditos” no sítio, como tem Serôdio, talvez vivêssemos num concelho melhor e não num mundo de ilusões.

Nuno Matos

 

Actualizado em ( Quinta, 07 Outubro 2010 09:27 )  
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