Desenvolvimento da vila discutido na Assembleia de Freguesia
As contas da Junta de Freguesia do ano de 2009 foram aprovadas por unanimidade (com uma despesa de 158 mil euros) na Assembleia do passado dia 30 de Abril, porém sem a possibilidade de aprovar o relatório de actividades, uma vez que o mesmo não foi elaborado.
Pela primeira vez neste mandato, o tesoureiro da junta José Figueiredo encarregou-se da elaboração das contas, situação que deverá continuar nos próximos anos, permitindo a dispensa do contabilista e a poupança de cerca de 25 mil euros anuais nas contas da Junta. Ainda em relação às contas, João Cardoso referiu, em jeito de desabafo, que a dívida da Câmara à Junta é significativa e que a sua regularização constituiria um alívio tal, que permitia pagar todas as despesas atrasadas decorrentes de algumas obras e trabalhos de manutenção.
Mas na Assembleia dedicada à discussão das contas, acabou por ser o segundo ponto, referente a outros assuntos, a dominar a maior parte do tempo.
Questionado quanto aos moldes da intervenção da empresa intermunicipal Águas do Ribatejo na área do saneamento e especificamente na Costa Brava e Cascalheira, João Cardoso respondeu que ambos os projectos já estão adjudicados pela Câmara, pelo que a responsabilidade é da autarquia, referindo ainda que o vice-presidente Pedro Ferreira garantiu que a obra da Costa Brava vai avançar no Verão.
Já a propósito da ajuda camarária para a manutenção do relvado do Coronel Mário Cunha (já aprovada pelo executivo municipal), o presidente da Junta anunciou ainda que está a ser feito um projecto para a construção de novos balneários no estádio, que ficarão situados na zona central da velha bancada.
Quanto à intervenção do público, realce para a presença de Maria da Luz, que reiterou a exigência de resolução do caso dos maus cheiros em Riachos. Já Farinha Madeira questionou as prioridades da Câmara, referindo-se especificamente ao anúncio da via de quatro faixas até ao Nicho, considerando-a uma obra secundária perante as restantes necessidades da vila. Rol de necessidades estas a que Rosa Pamole acrescentou a conclusão do Pavilhão Municipal e a renovação do Largo.
Câmara não responde
O Largo de Riachos também não poderia deixar de ser motivo de discussão. João Cardoso admitiu que poderá não haver reabilitação do espaço, uma vez que não se vislumbram movimentações. Questionou-se ainda a responsabilidade da Caixa Agrícola na avaria do candeeiro e a circulação na rua do Correio, quando a mesma é interdita.
Em relação à cobertura artificial montada numa das esplanadas durante o Inverno, a Junta enviou uma missiva à Câmara sobre a sua legalidade, mas não teve resposta. Neste ponto, Bernardino Carrilho referiu que, até à data, a Câmara não respondeu a nenhuma das moções elaboradas pela Assembleia.
Casa da Cultura resolvida hoje?
Pedro Marques, director do ACES Serra d’Aire, planeou instalar no terreno das traseiras do Centro de Saúde um armazém de produtos farmacêuticos. Terá sido esta situação que colocou em causa o arranque das obras da Casa da Cultura, projectada para aquele espaço, propriedade da Administração Regional de Saúde.
Segundo João Cardoso, Pedro Marques e um vereador da Câmara virão hoje a Riachos para discutir a relocalização do dito armazém, de forma a disponibilizar o terreno para a Casa da Cultura.
