A primeira iniciativa desta Comissão composta por Rosa Figueiredo, Farinha Paula e Diamantino Maurício, será erguer um monumento em espaço público dedicado ao Rancho Folclórico “Os Camponeses” de Riachos.
Antes deste périplo pela freguesia, foi enviada uma carta a todos os riachenses a dar conta dos objectivos da Comissão, que contou com o apoio da Funerária Amado, nas fotocópias e com o auxílio da Distriflyers na distribuição.
“A ideia está a ser bem acolhida pela população e toda a gente tem assinado”, diz Rosa Figueiredo, mas em relação aos donativos, já se esperavam algumas dificuldades, “porque os tempos estão difíceis… As pessoas não têm grande disponibilidade financeira”, acrescentou Diamantino Maurício. O contacto porta à porta é efectuado apenas na primeira quinzena de cada mês por questões que se prendem com a tão badalada crise. Em simultâneo, a Comissão está a contactar alguns empresários riachenses para angariar apoios.
Por outro lado, também apela à cooperação dos emigrantes: “Se nos quiserem ajudar, podem fazer um donativo através do IBAN – PT 50 0045 5432 4023 5162 08514, para a CA – Crédito Agrícola”, explica Farinha Paula.
A Comissão tem actualmente apenas três elementos, mas está aberta a todos os riachenses, “excepto a partidarites e religiosices agudas. Queremos fazer outras homenagens e se existir mais alguém que nos queira ajudar, tanto melhor”, afirma Farinha Paula, que aprofunda ainda a razão de existência desta Comissão: “Pretendemos que os nossos netos tenham locais dignos e visíveis em Riachos, algo que lhes diga que nos tempos dos avós existiu um Rancho Folclórico, uma Banda com méritos reconhecidos e tantas outras coisas que existem em Riachos”.
Mas além das homenagens, a Comissão propõe-se a levar por diante outras iniciativas: “Outro exemplo é a casa de José Castello Lopes que merece uma placa a assinalar o local onde ele nasceu e viveu. Ou uma pequena biografia sobre o Dr. Moreira… Riachos tem muito para mostrar às gerações vindouras”, ressalva Rosa Figueiredo. “Custa-me muito que a Rotunda do Senhor Jesus dos Lavradores seja conhecida como a ‘rotunda dos bois’. Devia ter informação bem visível com o nome e razão de ser da rotunda”, acrescenta Farinha Paula.
Como tal, é essencial que se perpetuem as memórias, as tradições e os feitos riachenses:
“Quando os mais velhos morrerem deixam de contar o que sabem, e os mais novos não contarão, porque não sabem o que se passou. Temos de ser nós, os riachenses de agora, a puxar pela nossa terra…”, conclui Rosa Figueiredo.
