o riachense

Quinta,
02 de Maio de 2024
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Jantar na Columbófila e concerto na Casa do Povo

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Pouquíssimo tempo depois de ter tomado posse, a nova direcção da Sociedade Velha Filarmónica Riachense enfrentou logo a obrigatoriedade de organizar e concretizar o programa das comemorações do 126.º aniversário da colectividade.

Desta vez não houve almoço comemorativo na sede da Filarmónica. Por razões de ordem logística, o evento onde habitualmente se assinalam os aniversários foi mudado para o salão da Columbófila, capaz de receber muita gente, entre dirigentes, músicos, familiares e amigos convidados.
A equipa de serviço fez ali o seu “baptismo” no assumir da responsabilidade de gerir os destinos do repasto. Tudo gente voluntária, tudo gente amiga da Filarmónica. E, apesar disso, não consta que alguém tivesse ficado com fome ou fosse mal servido.

Magnífico concerto, com actos habituais, mas também belas surpresas

 

Há muito tempo que o salão da Casa do Povo não se apresentava assim a abarrotar, para ver e ouvir a Banda. Cheinho que nem um ovo! Excelente mote para uma Banda que se apresentava em palco na sua força total, quase setenta músicos, quase todos criados na escola de música da Velha Filarmónica Riachense, já sob a batuta deste maestro, que lhes mantém acesa a luz de um caminho feito de dedicação exclusiva à “sua” Banda, apenas com uma ou outra excepção.
Carlos Mendes apresentava-se ali pela primeira vez em público investido de dupla função, pois acumula agora o cargo de presidente da colectividade. Com ele estava a maioria da equipa que agora o acompanha, parte dos quais com funções atribuídas no protocolo da tarde. Daí que, aqui e ali, se tenha notado alguma natural inexperiência ou hesitação no desenrolar da soirée.
O concerto começou com a velhinha “Storie di tutti i giorni”, para depois interpretar parte de uma peça muito bonita de Korsakov, “Russian Easter Overture”. Engatou logo depois com uma das jóias da noite, a excelsa “Marcha Eslava” de Tcaikovsky. Não há muitas filarmónicas que toquem este verdadeiro monstro musical! Numa escala de zero a cinco, esta peça é de grau cinco e foi a primeira vez que, com Carlos Mendes, a Velha Riachense interpretou uma peça de nível máximo de dificuldade. Faz transpirar só de ouvir… Espectacular mesmo, e o público, imediatamente, se levantou e aplaudiu, a sala inteira rendendo merecido tributo aos artistas, alguns deles ainda quase meninos saídos do colo maternal. “Piratas das Caraíbas” e “Holliday in Rio” terminaram a primeira parte do concerto.
O espectáculo continuou com um concerto de clarinete. A intérperte, Catarina Batista, é riachense, produto desta escola e hoje é clarinetista profissional na Banda da Força Aérea. Há muito que (se) prometia que um dia regressaria para tocar a solo, acompanhada pela sua Banda. Calhou agora; interpretou a peça “Artie Show” com uma proficiência e competência na interpretação acima de qualquer dúvida, o que configurou um quadro inesquecível, que o público tributou, de novo, com estrondosa ovação de pé.
No caminho para o final, houve ainda tempo para uma sublime demonstração de um instrumento de origem aborígene autraliana, o didgeridoo, cujo som gutural fornece uma ambiência muito zen. Depois, a banda tocou as peças “Africa Symphony”, e “Uma noite em Lisboa” que arrancaram os aplusos finais retribuídos com dois encores.
Terminava assim um grande concerto. Pelo meio aplaudiu-se a estreia de mais cinco meninos-músicos, fabricados nesta profícua escola e apadrinhou-se a entrega de medalhas de Bronze (5 anos na Banda) a seis músicos, de Prata (10 anos) a outros dois e de Ouro (15 anos) a mais três. Também houve lugar para a habitual entrega de ofertas das entidades e colectividades amigas. Mas perdoe-se-nos o destaque, o que nos ficou a marcar a memória foi o gesto do carismático Manel Péleve, já no final, já com o pessoal de saída, quase de surpresa. Fez anunciar que tinha uma história para contar, foi chamado por Carlos Mendes e lá contou a sua história. Mas o que, infelizmente pouca gente se deu conta foi que este popular riachense, antes de contar a tal história, entregou um envelope a Carlos Mendes e disse-lhe isto: “tenho aqui dez euros para entregar à Banda. É pouco, mas é o que as minhas finanças dão!” Se isto não é um gesto de nobreza genuína, é o quê, então?...

Actualizado em ( Quarta, 17 Março 2010 19:50 )  
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