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Assembleia de Freguesia dominada pela oposição

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PSD sacou coelho da cartola e socialistas ficam fora da mesa da Assembleia de Freguesia de Riachos.

 A reunião para o acto de instalação dos órgãos da freguesia pareceu um autêntico filme de suspense, com um final totalmente inesperado, pelo menos para o PS, que preparou mal o guião. Tricolor, a mesa da assembleia de freguesia ficou integralmente constituída por membros da oposição.

A sessão, realizada no sábado, 31 de Outubro, na Casa do Povo, começou com a constituição do novo executivo da junta, (onde o PS piscou o olho ao PSD) agora composto por João Cardoso (PS), Maria Dulce Sá (PS) e José Figueiredo (PSD). Um prólogo que abriu o apetite para a acção principal.
Foi então que Nuno Lopes presidente cessante da assembleia de freguesia, eleito pelo PS, conduziu os trabalhos para a eleição da nova mesa. O PS apresentou uma lista (A) constituída por Nuno Lopes, Telma Martinho e David Garcia. António Simões eleito pelo PSD, respondeu com a apresentação de outra lista (B) onde constava o seu nome, juntamente com Rodrigo Teixeira, do BE, e Carina Fernandes, da CDU. Naturalmente, este acordo da oposição, derrotou o PS com seis votos a favor, contra três da lista A. Um resultado que apanhou os socialistas desprevenidos e visivelmente irritados com este golpe de asa de toda a oposição, constituída por CDU, PSD e BE. 
Depois da tomada de posse, António Simões, o novo presidente da assembleia, assumiu que a constituição da lista por elementos das três forças terá criado alguma perplexidade, mas não quis comentar sobre o motivo que fomentou tal acordo. Depois perspectivou o futuro: “Sou acima de tudo independente e é meu propósito começar a trabalhar numa lista independente. Estou farto de partidos e penso que vou fazer uma gestão diferente da assembleia. Não quero ser conotado com o PSD, mas com a freguesia de Riachos. Um dos meus objectivos é reactivar a comissão de melhoramentos”.
Depois, todos os eleitos para a assembleia de freguesia prometeram trabalho. Rodrigo Teixeira, 1º secretário da assembleia, prometeu lutar em prol de Riachos, sem esquecer os Casais Castelos e o Nicho, ressalvando que “é preciso pressionar a câmara municipal para que faça alguma coisa nas três localidades”. Carina Fernandes, a nova 2ª secretária, assegurou que irá dar o seu melhor, apesar de não ter experiência política. Já Bernardino Carrilho, deputado da assembleia de freguesia, pediu a união de todos para o sucesso de Riachos enquanto José Luís Jacinto, também deputado na assembleia municipal, anunciou que podem contar com ele para defender Riachos naquele órgão.

Todos disponíveis para trabalhar

Nuno Lopes frisou que o PS também estará disponível para continuar a trabalhar, e António Pereira Jorge afinou pelo mesmo diapasão, sublinhando que “há princípios políticos que terão de ser seguidos, mas espero não criar conflitos”. David Garcia também mostrou a sua disponibilidade e Telma Martinho deixou um alerta: “Há muitas palavras, mas nem sempre os actos aparecem. Espero que isso não aconteça”.
Depois coube ao público tecer algumas considerações. José Tomé mostrou-se desagradado pelo facto de a maioria dos riachenses terem votado em António Rodrigues: “Entristece-me que 300 alunos do 1º ciclo tenham de ir para Torres Novas participar em actividades extra-curriculares, quando temos instalações em Riachos. Entristece-me que o município faça uma geminação com a Roménia e esqueça a geminação de Riachos com Notre Dame de Bondeville. Espero que Riachos esteja melhor daqui a quatro anos”.
António Simões voltou a usar da palavra para se manifestar o desejo de uma maior participação dos riachenses nas assembleias. Mostrou-se ainda com vontade de formar equipas de trabalho para discutir assuntos como o ambiente, acção social, educação e cultura, entre outros.
A seguir, Joaquim Farinha Madeira deixou algumas sugestões: maior divulgação e mais sessões das assembleias, agendamento de assuntos de interesse para a população como a poluição e os arruamentos, sugerindo ainda a como a alteração do período destinado ao público para o início das reuniões.
Depois, João Cardoso adiantou que em breve irá marcar uma reunião onde serão explicados os objectivos e prioridades deste mandato, no que diz respeito a obras. A concluir, deixou um desejo: “Conto com o apoio dos restantes elementos da junta. Não deixem o presidente isolado, como esteve nos últimos anos”. Uma afirmação que deixou os seus ex-colegas do executivo surpreendidos. “As palavras não eram para mim. Cumpri tudo o que o presidente me pediu e até o substitui muitas vezes em cerimónias onde ele não queria ir, porque não se dava bem com dirigentes de colectividades. João Cardoso queria fazer de mim um servente de pedreiro, mas não vim para a junta para isso. Foram palavras infelizes e muito injustas”, desabafou o ex-secretário Pedro Neves, que sentiu ser o alvo das declarações do presidente da junta.
Por seu lado, António Simões, ex-tesoureiro do anterior executivo, não se sentiu atingido: “Não eram palavras para mim. É a maneira de Cardoso falar. Ele sempre pediu a minha opinião e, se não dei um contributo maior, foi porque não pude”.   

Prometido é para ser cumprido

João Cardoso mostrou-se convicto de que as obras presentes no seu programa eleitoral vão mesmo avante. E algumas até vão começar em breve, como os casos da conclusão dos passeios na rua Dr. José Moreira e a pavimentação das ruas Dr. Chora Barroso, João da Luz e a travessa da rua dos Cingeleiros. Outras prioridades da junta são um tanque de aprendizagem de natação, o centro educativo e a conclusão do ginásio.
Quanto à Casa da Cultura, talvez o projecto mais emblemático para este mandato, João Cardoso garantiu que “o presidente da Câmara vai começar e acabar a obra antes de se ir embora”.

Constituição da Junta de Freguesia
Presidente: João Cardoso (PS)
Secretário: Maria Dulce Sá (PS)
Tesoureiro: José Figueiredo (PSD)

Assembleia de Freguesia
Presidente: António Simões (PSD)
1º secretário: Rodrigo Teixeira (BE)
2º secretário: Carina Fernandes (CDU)     
Membros: Nuno Lopes, Telma Martinho e David Garcia (PS), Bernardino Carrilho e António Pereira Jorge (CDU) e José Luís Jacinto (PSD)

 

 Nuno Matos

Actualizado em ( Sexta, 13 Novembro 2009 19:11 )  
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