Na tarde particularmente quente do último sábado, dia 27, teve lugar a apresentação pública do livro de José Manuel Martins sobre o papel que o Museu Agrícola de Riachos tem desempenhado na educação de adultos e na animação comunitária, assumindo o seu papel de recurso local e de elemento incontornável para o desenvolvimento da terra, bem de acordo com os princípios da chamada “Nova Museologia”, sobretudo quando se trata de museus locais e etnográficos.
Se o calor forte de Verão só pode espantar os citadinos que vêm o País pela televisão, já teve também que se contar com a temperatura elevada trazida por uma assistência de familiares e amigos do autor, a que certamente se somarão os curiosos que passaram pelo lotado auditório do Museu e que dificilmente poderão ter resistido à paixão e à emoção com que José Manuel Martins falou do seu trabalho, que embora se centre no Museu Agrícola e nas temáticas da educação de adultos e do desenvolvimento local, como o título expressamente indica, é sobretudo um olhar apaixonado por Riachos e pelo seu associativismo, onde o autor inscreve e analisa a dinâmica da ligação entre os elementos, mais velhos e mais novos, da comunidade e o museu que a representa.
O Museu Agrícola de Riachos - Agente de Educação de Adultos e Motor de Desenvolvimento Local resulta da investigação feita para um mestrado na Escola superior de Educação de Coimbra e foi editado pela Associação para a Defesa do Património Histórico e Natural da Região de Riachos. Na sessão de lançamento do livro, que não esconde essa sua génese académica, além do próprio autor houve intervenções de Mafalda Luz, Carlos Trincão Marques, Luís Mota Figueira e Nuno Carvalho (professor orientador do mestrado), além de uma saudação de Pedro Ferreira, presidente da Câmara de Torres Novas mas presente enquanto amigo do autor, acabando a sessão com cantigas e emoção.
