Consequência de véspera de eleições ou não, o facto é que a 24 de Setembro reuniram-se 18 pessoas na última Assembleia de Freguesia deste mandato, número apenas comparável a ocasiões excepcionais.
Com discursos à laia de despedida, todos começaram por expressar indignação pela ausência do Presidente da Junta João Cardoso e respectivas elucidações dos assuntos na mesa.
Três questões principais motivaram intervenções discordantes, mais ou menos em uníssono naqueles que se manifestaram.
Duas propriedades separadas
Vários presentes se mostraram impacientes pela apatia da junta face aos acessos construídos pela paróquia virados para o Parque 25 de Abril. Perante a contestação de Bernardino Carrilho, o presidente da assembleia Nuno Lopes respondeu que, pessoalmente não vê mal na obra, mas que João Cardoso lhe transmitiu não saber da sua existência antes da mesma ter sido feita. O secretário Pedro Neves confirmou, acrescentando não concordar com a passividade da junta face àquele par de janelas e porta.
Os novos passeios na Rua do Campo
Depois, os novos passeios construídos ao longo da antiga Eira foram objecto de análise, sendo a contestação feita especialmente ao nível da origem dos erros; se provêm do projecto ou da concretização. Dado que não apresentam as medidas regulamentares, Carrilho e Pedro Neves manifestaram convergência ao criticar o facto de nem uma cadeira de rodas passar entre aqueles lancis.
Num comunicado do presidente da junta leu-se apenas que a obra está feita, sendo que já foi solicitada à câmara a colocação de lombas, sinais de stop e espelhos junto ao restaurante Galera.
O cheiro em Riachos
O assunto mais nauseabundo referiu-se ao tema da poluição atmosférica em Riachos, sofrida directamente pelos cidadãos. Nuno Lopes disse que a moção aprovada na última assembleia, destinada à câmara, foi entregue mas nunca obteve resposta da edilidade. Também a acordada reunião com a Sociedade Lusitana de Destilação não aconteceu, considerando o grupo de Carrilho, Tomé e Pereira Jorge que João Cardoso falhou ao compromisso assumido na anterior assembleia.
Fora da agitação destes temas houve ainda intervenções de circunstância.
Por exemplo, Pereira Jorge apontou diversas situações falhadas na manutenção na vila e, no público, Farinha Madeira criticou o desperdício de cimento colocado nas bermas, especialmente nos casos de zonas da responsabilidade de privados como no banco Millenium.
Discurso directo:
“Não há ingenuidade no caso das obras da igreja.” Bernardino Carrilho
“Se o projecto (dos novos passeios) foi mal feito, há que reconhecer os erros” José Tomé
“Não houve interesse em pressionar a Lusitana, pois há membros desta junta que são seus apoiantes” Alberto Amado, no público
“É lamentável a ausência do presidente, é pena sairmos sem informação.” Farinha Madeira, no público
