Cinco anos depois da segunda edição, o festival de música regressa este sábado em versão primaveril e revolucionária para comemorar o 25 de Abril e o desabrochar das flores. Nesta edição do festival, idealizado por Luís Santos e agora produzido pelo Paralelo 39, em parceria com a Junta de Freguesia e com o café Relógio, vamos poder assistir a quatro concertos. Os leirienses Riding Rhino, os Português Suave e os Sexy Alpaca são os responsáveis pelas cargas de rock na Casa do Povo, enquanto as palavras do rapper Magnet3 vão trazer o sabor do hip hop feito na Golegã. 

No Café Relógio, os Dog’s Bollocks apresentam ao final da tarde o conceito de concerto de esplanada, com este duo supersónico a apresentar as canções do seu disquinho de estreia, entre mesas e cadeiras, brindando à revolução com todos os ‘esplanadistas’. Isto se estiver bom tempo. Caso não seja o caso, a produção já se adiantou e diz que terá uma surpresa preparada. Mas esta só acontecerá se, efectivamente, estiver mau tempo.

Quem são os artistas?

 

São um trio de hard rock, a puxar para a atmosfera do alternativo dos anos 90. Sediados em Leiria, os Rhino têm dois discos lançados e são apelidados na imprensa estrangeira como “portuguese doper rock with riffs so tchick and ropy you might never wrestle free of them” (que é algo como “eles têm riffs tão fortes e orelhudos que vai ser quase impossível veres-te livre deles).

 

 

Líderes da cena punk torrejana, e a fazer fumo desde 2003, ultrapassaram rapidamente, em número de fãs e em qualidade musical, os seus padrinhos (os extintos RJA). Depois arrumaram as botas durante três anos. Agora é tempo de regressar ao campo de batalha, que é como quem diz, ao palco. As letras ácidas sobre as realidades sociais misturam-se com algumas melodias mais doces, o que resulta por vezes em algo como o molho agridoce restaurantes chineses. E isso é bom. 

 

 

Estes rapazes transpiram burbon e rock and roll, mas à força toda. A nova namoradinha do rock alternativo torrejano não seduziu o departamento de cultura da autarquia de Torres Novas, mas seduziu o público. Ainda sem disco, os Alpacas têm espalhado a sua essência por alguns palcos da região, atingindo níveis muito satisfatórios de admiradores e alcoolémia. O disco virá em meados do Natal, tipo prendinha envenenada.

 

 

O rapper que se estreou nas Noites no Mercado regressa a Riachos, numa altura em que está a preparar o seu trabalho de estreia (deverá ver a luz do dia em Novembro). Focado na força das palavras, Rui Mimoso, o homem por detrás do íman, tem já um conjunto de músicas disponíveis no Youtube, onde aborda os temas que fazem parte da sua vida quotidiana, os seus sonhos, os pesadelos, as histórias com final feliz e as outras. É um compositor muito autobiográfico, com o próprio confessa.

 

 

Tw’one men band é o conceito de uma banda de um homem só, aplicado a dois homens. Este duo é a aglutinação dos vocalistas dos Sexy Alpaca e dos Português Suave (Luís Carlos Leitão e Carlos Daniel ’CD’ Martins). Neste projecto, Leitão toma conta das vozes, do bombo e da guitarra, enquanto CD se ocupa da outra guitarra e dos piropos para a plateia. Os Bollocks lançaram em Março o primeiro conjunto de canções cheias de espírito blues e rockenrolla, uma espécie de álbum em formato digital, intitulado ‘Single Malt Blues’, mas que dentro de alguns meses será num formato redondo.

 

 

O TV Head é um deejay que faz música a partir da tecnologia digital, ou seja música techno. É criador do dossier que passa nas suas máquinas, é portanto compositor daquilo que toca. O alter-ego do riachense Nuno Rodrigues gera consenso no público dos sítios nocturnos por onde passa. Causou sensação, por exemplo, na noite mais animada das Noites no Mercado e tem actuado um pouco por todo o país, mas também se costuma vez em alguns bares de Torres Novas. Vai fechar a noite com boas, mas intensas, vibrações.

Reza a história que Luís Santos e Pedro Neves estariam a preparar um concerto quando este último terá dito que era preciso fazer um breinstrein para saírem ideias. “Em vez de um brainstorming saiu-lhe aquela palavra nova, que eu considerei ser uma óptima marca para utilizar no futuro”, referiu Luís Santos.

Nas duas edições do Breinstrein, estiveram Os Outros, os Xtigma, os Lado Esquerdo, os Português Suave, entre outros projectos.

As entradas para o Breinstrein Revolucionário custam dois euros e só podem ser compradas na bilheteira da Casa do Povo de Riachos, no dia do espectáculo.