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Quinta,
28 de Maro de 2024
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As pipocas dos cinemas portugueses serão de milho da Agromais

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Luis Vasconcellos, Assunção Cristas e Luís Mota na prova da pipoca ribatejana
 
É a primeira vez que a Agromais produz milho para alimentação humana. Serão 400 toneladas/ano de milho destinadas às pipocas das 214 salas de cinema da Cinemas NOS, antes Zon Lusomundo.
 
A oportunidade para provar as primeiras pipocas portuguesas, “mais frescas, estaladiças e saborosas”, foi na cerimónia de lançamento da nova aposta Agromais, no final de Outubro.
 
Os três anos de investigação e desenvolvimento implicaram a procura da variedade de semente mais adequada, os testes no terreno e a criação de uma nova linha de secagem, armazenamento e embalagem de milho.
 
2014 foi o primeiro ano de produção a sério. As 300 toneladas produzidas vão cobrir a maior parte das necessidades de pipoca em 2015. A produção de 2015, que será comida em 2016, já será plena e garante a auto-suficiência dos Cinemas NOS: 400 toneladas que poderão incluir alguns cinemas NOS em Moçambique.
 
O riachense Carlos Barroso Mendes (Carlos Cigano) é um dos dez produtores associados da Agromais que entraram nesta aventura inédita em que, irmãmente, dividiram a produção. Cultivou perto de oito hectares de milho para pipocas, resultando numa produção de quase 40 toneladas. Antes, na fase de testes, todo o milho foi secado nas suas instalações em Riachos.
 
Neste verão, o grão deste milho, que tem uma massaroca pequena e atarracada, foi todo processado no secador da Azinhaga. A engenheira que acompanhou o desenvolvimento no campo, Susana Covão, explicou que foram escolhidas parcelas em diferentes locais nos campos da Golegã, Azinhaga, Pombalinho, Pinheiro Grande e Chamusca, como forma de diluir o risco para potenciais pragas ou chuvas, uma prática comum em produções com quantidades restritas. A produção foi boa e, nesta fase, é um trabalho que ainda tem muito para crescer.
 
Este projecto significou um investimento de mais de 400 mil euros (infra-estruturas e equipamentos incluídos), financiado pelo PRODER, e as empresas Consulai, Prosense e Agrotejo foram os parceiros ‘técnicos’ que desenvolveram um know how próprio que não existia antes.
Nunca antes tinha sido produzida esta variedade específica de milho em Portugal, país que tem boas aptidões para o seu cultivo. Os maiores produtores mundiais de milho pipoca são os Estados Unidos da América, México, Argentina, França e Espanha, e era nestes países que a rede de cinemas, líder de mercado em Portugal, se abastecia, revelou Luís Mota, administrador da Cinemas NOS.
 
Além da diminuição da pegada de carbono, os outros motivos do empreendimento foram os económicos. Luís Mota disse que o mercado deste milho tem estado muito volátil, e a empresa procurava uma solução para reduzir custos de uma forma estável e conseguir uma maior previsibilidade dos orçamentos. E asseverou que existe o potencial de, em breves anos, haver a expansão deste negócio para fora do país.
 
Este é um nicho de mercado que a Agromais pretende explorar por ser “perfeito, é óbvio o seu potencial de crescimento”."As produções são muitíssimo mais baixas porque é um milho mais frágil, com uma produção muito menor, mas com uma mais-valia muito maior, porque é um produto mais valorizado" considerou Jorge Neves, o director-geral da cooperativa agrícola. 
 
Palavras que agradaram à Ministra da Agricultura, presente na sede da Agromais no lançamento deste produto. “Produzir local para consumir local é um dos princípios da sustentabilidade, pois ajuda ao equilíbrio da balança comercial”, disse Assunção Cristas. “Tudo o que dê para diminuir as importações tem de ser valorizado pelo governo. O sector da agricultura e do milho mostrou nos últimos anos ter uma grande capacidade de resiliência”, referiu a ministra. Confessou ainda que espera pela comercialização do milho pipoca ribatejano nos supermercados para o “podermos comer nas nossas casas".
 
Para já, a Agromais não fala noutro tipo de clientes para este milho, pois este projecto com a NOS ainda vai dar pano para mangas. E o administrador da empresa líder do mercado dos cinemas em Portugal, confessou que é empolgante estar em vias de produzir o melhor milho para pipocas do mundo. 

Actualizado em ( Quinta, 06 Novembro 2014 18:32 )  
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