o riachense

Quinta,
25 de Abril de 2024
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Junta estuda projecto de recuperação das antigas fontes e pontes do Almonda

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Ponte Dona Aurora. O estudo de Joaquim Madeira aponta soluções para a recuperação de pontos de interesse da ruralidade de Riachos e para a criação de percursos pedestres
 
No seguimento da sugestão do Bloco de Esquerda de criação de um grupo de trabalho para a área do ambiente e turismo da Assembleia de Freguesia, a Junta acolheu com bons olhos a “Proposta para Recuperação das Antigas Fontes, Pontes do Almonda e Caminhos de Acesso”, apresentada por João Luz na sessão de 27 de Fevereiro.
O trabalho elaborado por Joaquim Madeira regista ao longo de 18 páginas o estado de conservação de duas velhas pontes sobre o rio Almonda e quatro fontes, aborda várias possibilidades de intervenção para a sua reabilitação, e sugere a criação de percursos e “alternativas de passeio e lazer”.
 
Além do interesse patrimonial da reabilitação destas construções, o documento diz que a mesma “permitiria às muitas pessoas que hoje em dia se dedicam às caminhadas terem percursos alternativos ao interior da vila ou à variante, em ambiente bem mais rural e sem trânsito automóvel”. O retorno nas pessoas ao rio, diz ainda sobre os objectivos da medida, poderia indirectamente contribuir para a pressão sobre as entidades competentes para resolver a despoluição do Almonda, diz a proposta.
 
O envolvimento de entidades públicas e de privados seria inevitável para concretizar um projecto amplo e interessante como este, nomeadamente o entendimento entre as Juntas de Riachos, da União das Freguesias de Santa Maria, Salvador e Santiago e União das Freguesia de Brogueira, Parceiros e Alcorochel, a Câmara Municipal e os proprietários dos terrenos abrangidos.
 
A fundamentação da proposta é apresentada com a descrição detalhada das localizações dos pontos de interesse e contextualizações históricas e culturais, reportando à época em que as vivências locais davam a estas estruturas uma grande relevância em termos sociais, culturais e económicos na população de Riachos e das localidades em redor do rio. 
 
São propostos percursos específicos com passagem pelas duas pontes (Barreta e Caniços) e pelas quatro fontes (Barreta, Pote, Almas e Fonte de Riachos ou do Cemitério), e apontadas manutenções necessárias como a regularização de pisos, por exemplo, assim como dificuldades a ultrapassar no processo e soluções para a disponibilização ao público, como a sinalização das distâncias nos percursos pedestres, a identificação de locais onde poderiam ser instalados circuitos de manutenção e lazer, indicações da potabilidade da água nas fontes (Pote e Barreta ainda deitam o precioso líquido, estando esta última em bom estado de conservação) ou a reserva das pontes apenas para peões, ciclistas e cavaleiros.
Apesar de em más condições ou repletos de matagal, muitos destes caminhos são na realidade calcorreados por muitas pessoas que praticam actividades ao ar livre.
 
A Ponte da Barreta, acessível pela “estrada” da conduta da EPAL, une Riachos a Santa Maria, e a Ponte de Caniços, também conhecida por Ponte Dona Aurora, acessível pela rua dos Talhos, une Riachos a Brogueira. O documento refere ainda uma outra ponte na freguesia, a montante das anteriores, mas porque une duas propriedades privadas, as quintas de Valada e do Peru, ficou fora da abordagem.
 
Se no caso da Ponte da Barreta não existe tabuleiro, já a Ponte de Caniços pode e é frequentemente cruzada, mas “os muitos remendos do tabuleiro (…) não conseguem disfarçar o perigo que isso constitui”. Para qualquer tipo de utilização frequente, estas pontes não parecem hoje mais do que ruínas, no entanto, o estudo de Joaquim Madeira diz que estruturalmente aparentam uma integridade, e que a reabilitação ou instalação de novos tabuleiros é perfeitamente viável, necessitando claro, da devida peritagem.
 
Além desta proposta dos bloquistas, já em Novembro passado Farinha Paula enviou uma recomendação à Junta para que tomasse em mãos a elaboração de um roteiro de percursos nas zonas rurais da freguesia, nomeadamente junto ao rio, à semelhança do que outras autarquias têm implantado país a fora. O interesse turístico e a crescente apetência pelo bem-estar fora de portas e pela actividade física verificado na comunidade justificaria esta aposta da autarquia riachense. Também na sessão da Assembleia de 27 de Fevereiro, o deputado Francisco Graça (GRUPPO) requereu uma intervenção na ponte Dona Aurora, cujas lacunas do piso constituem um perigo para quem lá passa.
 
Uma conjugação de interesses que levou Alexandre Simas a considerar o estudo em análise, declarando que este deverá mesmo ser um projecto a assumir pela Junta.
 
Actualizado em ( Quarta, 05 Março 2014 12:27 )  
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