o riachense

Quinta,
25 de Abril de 2024
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SVFR: Último jantar-concerto com Carlos Mendes na direcção

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Carlos Mendes está à frente da direcção da SVFR desde 2010 (Filipe Simões)
 
190, depois 310, e agora 330 pessoas. Foi esta a evolução dos últimos três jantar-concerto da Sociedade Velha Filarmónica Riachense. A lotação para o evento no Solar de Santa Maria estava esgotada há um mês, apesar dos receios da direcção de que a crise afastasse os habituais entusiastas da Banda de Riachos. Afinal, as expectativas foram superadas, disse-nos o maestro e presidente da direcção Carlos Mendes.
No concerto participaram o tenor Pedro Tavares, a soprano Sara Belo e a Célia Barroca, que cantou quatro fados da sua autoria e música de Luís Petisca. O lote de estrelas era para ser completo com a Teresa Tapadas, mas um trabalho em Angola impediu-a de participar este ano. Outras duas ausências do programa foram as Chão de Feira, por motivos pessoais de uma das partes da dupla, e do barítono mexicano Pablo Atahualpa, cujos custos de deslocação se revelaram afinal altos de mais para a Banda. 
Ao todo, foram duas horas e meia de música dadas aos ouvidos dos comensais, interpretada por 64 músicos em palco, que estrearam um tema, “Gaivota”, pela voz da vocalista Fátima. “O público delirou”, avaliou o maestro, que disse que chegou a haver lágrimas entre o público, alguns músicos e ele próprio.
A Banda inaugurou o género de evento na região, e já há duas outras bandas no concelho a fazerem-no. E pela primeira vez não houve nenhuma crítica, nem no que respeita à refeição, nem no que respeita à música, revelou o Carlos Mendes, satisfeito com o desfecho do jantar-concerto, em particular com os 2500 euros de lucro, que já estão gastos num bombardino novo que era preciso.
Em termos sociais, disse-nos Carlos Mendes, a Banda tem crescido: “cada vez há mais pessoas a aproximarem-se, pelo bem-estar, pelos lanches, pelos amigos, pelos directores…” No dia seguinte ao jantar-concerto havia 19 pessoas a limpar a sala; nunca tal se viu, disse o maestro.
A notícia que causou mais impacto na audiência, apesar de não ser propriamente uma novidade, é que Carlos Mendes vai deixar a direcção por motivos pessoais e familiares, depois de dois mandados, desde 2010, como presidente. “Nunca tive o objectivo de ser presidente da Banda”, disse-nos o próprio. “Só fui para defender os interesses da banda”, asseverou, reiterando o desejo de autonomia necessária para o desenvolvimento da Banda. Diz que a Banda deve existir pela Banda e não por outras entidades. Tem consciente, contudo que “o problema da maioria das bandas é não terem pessoas que sabem o que é uma Banda à frente das direcções”. Tem tido gente a dizer-lhe que não saia. Então qual é a solução para a SVFR se ele sair? Há uma pessoa da casa, músico e director, que tem boas capacidades para ser presidente, disse, sem revelar o nome.
Sobre a função de maestro, diz que a continuidade depende das pessoas que forem para a direcção. Quer continuar a ajudar a banda, mas uma futura direcção pode não querer que ele seja maestro, diz, avisando que: “já lá estive [na Banda] dez anos a trabalhar para os outros, não quero voltar a isso”. O maestro volta a criticar as anteriores direcções, que diz terem usado a Banda para servir interesses de outras entidades. O certo é que a Banda nos últimos anos tem melhorado as suas instalações, crescido em número de músicos, renovado os instrumentos e criado projectos inovadores.
O mandato acaba em Dezembro e, em termos directivos, Carlos Mendes quer fazer uma ponte para quem vier.

Um CD e painéis foto-voltaicos
Para os próximos capítulos da actividade da Banda está em perspectiva a edição de um CD, cuja gravação já está marcada para o dia 28 de Dezembro. Três vocalistas femininas vão cantar para a orquestra ligeira, que conta com 25 músicos. Sairá lá para a primavera de 2014 e será mais um meio para amealhar fundos para investir em material.
Além do bombardino atrás referido, um dos últimos investimentos foram os painéis foto voltaicos instalados no telhado, num investimento de 12300 euros. O investimento terá retorno no espaço de seis ou sete anos, e a partir daí, além de ter pouco ou nenhum custo com a electricidade, haverá meses em que a Banda recebe dinheiro pela venda de electricidade.

Actualizado em ( Terça, 15 Outubro 2013 11:19 )  
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