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Sexta,
26 de Abril de 2024
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Temos a zona mais poluída no panorama regional

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Quem o disse de forma inequívoca foi um representante do núcleo distrital da Quercus, convidado pelas candidaturas do Bloco de Esquerda à Câmara e à Freguesia de Riachos a participar numa acção de discussão dos problemas ambientais do concelho no dia 7 de Setembro.
O ambientalista (cujo nome não quis revelar devido a se tratar de uma iniciativa partidária de campanha) veio dar o seu parecer técnico e credibilidade a uma sentença que tem sido muito exposta nos últimos meses: a biodiversidade, os cursos de água e os aquíferos da zona entre Torres Novas e Golegã estão a ser dramaticamente afectados pelos níveis de poluição detectados.  
Já lá vai o tempo em que as associações ambientais se preocupavam sobretudo com o concelho de Alcanena e os graves problemas que as indústrias dos curtumes causavam no Alviela. Estes, em grande parte foram resolvidos nos últimos 20/30 anos. “No panorama regional, vocês agora são os que estão pior. A ETAR de Torres Novas até funciona mas a de Riachos funciona muito mal”, concluiu depois de fazer um roteiro pelos principais focos poluidores do concelho, desde o mercado de Torres Novas, onde um esgoto corre directamente para o Almonda, até à afamada Vala das Cordas, passando pela estrada da Sapeira na Meia Via e pela ribeira da Boa Água no Nicho, onde a grande quantidade de óleos e gorduras provenientes provavelmente da Fabrioleo, no Carreiro da Areia, mereceram a atenção da comitiva.
A poluição difusa causada pelos fertilizantes químicos utilizados na agricultura intensiva dos campos de Riachos e Golegã afecta muito os aquíferos, mas o problema mais visível é a poluição industrial situada a montante, que é a que é mais facilmente detectada.
Os bloquistas ficaram a saber que existe desde há alguns anos um relatório no Ministério do Ambiente sobre a poluição do rio Almonda, dos seus afluentes e das valas. Helena Pinto vai fazer um requerimento ao Ministério para conhecer e divulgar o documento.
A Fabrioleo renovou a licença de laboração este ano. Através da deputada, o BE vai também pedir uma cópia da licença para ficar a par “dos parâmetros da atribuição da licença. Se forem muito baixos, a fábrica está sempre legal e nunca poderemos fazer nada. A legislação é muito aberta e os mesmos parâmetros podem servir para um local e não servir para outros”, disse a candidata à Câmara.
O aspecto da Ribeira da Boa Água levou o técnico da Quercus a considerar que a ETAR da Fabrioleo pode não estar a funcionar correctamente. “Os custos de funcionamento de uma ETAR são significativos, nada nos garante que aquela esteja a funcionar.”
João Luz (candidato a Riachos) e Manuel Lopes (n.º2 à Câmara) disseram que o objectivo desta acção, e segundo o seu programa eleitoral, é trazer definitivamente o ambiente para a agenda política, chamar a intervenção da ARH Tejo, da Agência do Ambiente e da GNR, porque “há um silêncio absoluto sobre isto. É que não se fala nisto”, alertaram os candidatos.
Actualizado em ( Quarta, 11 Setembro 2013 13:17 )  
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