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Hospital fecha em Dezembro?

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Há o perigo real do encerramento, alienação ou privatização do hospital de Torres Novas, que deve ser publicamente discutido e contrariado, tanto pela população como pelos trabalhadores, disse a CDU em conferência de imprensa realizada na passada sexta-feira às portas da unidade do CHMT (Centro Hospitalar Médio Tejo). Dezembro é mesmo apontado como o último o mês do funcionamento da unidade, a partir de informações oficiosas, mas “fidedignas”.
O fecho em Dezembro não passará de um rumor proveniente do interior do CHMT, confessam os comunistas torrejanos, mas a verdade é que “grande parte dos rumores/notícias sobre a saída de serviços do hospital de Torres nova tem sido, infelizmente, confirmada”, e por isso, este é para levar a sério.
O anunciado corte de 4 mil milhões de euros nos serviços públicos pelo governo PSD/CDS pode ser o passo final da estrutura de saúde torrejana, diz a CDU.
O processo de esvaziamento do hospital tem sido contínuo, e verifica-se desde há anos, tendo o mais relevante episódio ocorrido com a desqualificação das urgências, referiu Manuel Ligeiro na conferência de imprensa. O hospital de Torres Novas abriu com nove especialidades de internamento, restando hoje apenas quatro, notou o candidato à assembleia municipal. Não há justificação para o encerramento das especialidades de grande consumo, como a cirurgia do ambulatório, uma vez que sua existência baseia-se precisamente na proximidade com as populações.
Nos últimos anos saíram de Torres Novas: internamentos em cirurgia geral, medicina interna, gastrenterologia e outros: urgência médico-cirúrgica, cirurgia de ambulatório, anestesiologia, bloco operatório, esterilização, patologia clínica, medicina física e de reabilitação.
Recentemente saiu também o aprovisionamento, a farmácia e “corre a informação de que o arquivo morto também sairá para Tomar”, significando que a Administração também sairá de Torres Novas.
A pediatria também não deverá tardar muito a seguir para Abrantes, refere a CDU, que aponta como especialidades obrigatórias para se manter um serviço de saúde digno a pediatria, o internamento de medicina interna e a cirurgia do ambulatório (que não exige internamento).
A saída de serviços do hospital tem sido justificada pelo Conselho de Administração pela melhoria e ampliação de outros existentes. Poucos mas bons para criar serviços de ponta, defende a administração de Joaquim Esperancinha, que reitera não haver qualquer intenção de esvaziar o hospital para mais tarde ser mais fácil encerrá-lo ou entregá-lo à exploração privada.
A separação e concentração de serviços contribui para a diminuição da capacidade de resposta à população, refere Ligeiro. No caso da concentração da medicina interna em Abrantes, a mudança significou uma redução do número de camas de 128 para 104 em todo o Médio Tejo.
E não é só a saúde da população que sai afectada pela concentração de serviços do CHMT, continuou o administrador hospitalar. É também a saúde da economia local, porque com a concentração de serviços em Abrantes, perdem-se empregos em Torres Novas.
 
Município conivente não faz nada
“O Conselho de Administração tem contado sempre com o beneplácito da Câmara”, denunciou Carlos Tomé, reportando ao facto de nem o município nem a assembleia municipal se terem alguma vez oposto à saída dos serviços do hospital.
A CDU pediu já em Março a realização de uma assembleia municipal extraordinária especificamente para a análise da situação do hospital, ao que o presidente da Câmara, António Rodrigues prometeu na altura que a Administração estaria presente nessa sessão, e que a mesma seria realizada daí a pouco tempo. Na reunião da assembleia do passado dia 28 de Junho, essa sessão ainda não estava marcada.

Actualizado em ( Segunda, 15 Julho 2013 15:56 )  
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