Há feira no Entroncamento!
Disse o homem: - bom...eu saio, não saindo propriamente, pois, se saÃsse, sairia; e assim ainda não sabemos. E eu também não.
Portanto, como não nos entendemos, teremos de conversar mais, apesar de eu não querer conversar mais, até porque não nos entendemos; mas tenho de o fazer, pois temos de entender-nos.
O que se pretende de bom para o paÃs exige-nos sacrifÃcios, mas o paÃs não pode mais sacrificar-se, portanto eu também não.
Aliás, embora concordando, discordo de muitas coisas com que concordo. Estou contudo mais ou menos disposto a sacrificar-me pelo paÃs, concordando sem concordar e discordando sem propriamente discordar.
Então eu tomo posse de um ministério de um Governo que amanhã pode não existir, mas pelo menos, sempre lá estive. E agradeço do coração ao ministro cessante pela bela embrulhada e caldeirada de erros que me legou. Fico portanto honrada por, não sendo ministeriável afinal ser a única ministeriável.
Vamos empossar ministros, antes que tudo caia e se desapossem uns aos outros. Como amanhã pode já não haver governo é aproveitar agora. Amanhã não sabemos, mas se fizermos todos um esforço saberemos.
O CDS não faz parte já da coligação mas deseja manter a coligação. Se já não houver coligação mesmo assim há coligação de alguns consigo mesmos.
Os ministros põem o lugar à disposição do partido, embora estejam, suponha eu, ao serviço da nação. Saem se o partido decidir, mas não saem, porque afinal a nação precisa de mais sacrifÃcios. E o seguro espreita os farsantes.
Vão todos dialogar, mas creio que não há lugar possÃvel. Está tudo dialogado. Devemos entender este governo caindo aos duodécimos ou como uma coligação de partido único?
Não sabemos. Ninguém sabe. Esta terra é um fenómeno.
E o manequim de fatinho riscado da rua dos Fanqueiros, firme e hirto, joga a batalha naval com a Maria.
Todos diferentes todos iguais. Mas tanto nunca supus.
Vai um submarino ao fundo?