o riachense

Sbado,
20 de Abril de 2024
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Luz & Irmão: a paciência dos trabalhadores esgota-se perante a derradeira promessa

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Os trabalhadores estão nas instalações da empresa transportadora de Riachos desde esta manhã à espera de receber os ordenados em atraso, conforme lhes foi prometido pelo novo patrão. Alguns têm mais de 10 meses em atraso.
Estão há cerca de duas semanas “de férias”, desde que receberam a informação de que a empresa tinha um novo dono e de que estava em marcha um plano de recuperação da empresa. A empresa terá sido comprada por um grupo luso-espanhol que realizou algumas reuniões com o grupo de trabalhadores e com alguns credores, entre os quais funcionários que se despediram com ordenados em atraso. Na última reunião, realizada na semana passada, as cerca duas dezenas de trabalhadores (maioritariamente motoristas) receberam a garantia de que no dia 5 de Julho iriam receber um mês de ordenado e mais 50% da dívida dos ordenados em atraso. Os restantes 50% seriam pagos em prestações acrescidas aos salários.
Era o que os trabalhadores queriam ouvir, como os próprios confessaram hoje de manhã, às portas das instalações completamente vazias da Luz & Irmão. Não há camiões nem as máquinas de manutenção. Os escritórios terão também sido esvaziados. Na recepção, ninguém atende o telefone que toca insistentemente. Às vezes vão lá os trabalhadores ver quem é, na esperança de que surja alguma novidade. O telefone dos antigos patrões e o dos novos, desligados. Os trabalhadores sentem que foram mais uma vez enganados e que ninguém aparecerá para lhes cumprir a promessa.
A situação arrasta-se desde 2001 quando houve uma redução dos ordenados. Depois começaram a agravar-se os incumprimentos, também a vários fornecedores na região. Entretanto houve processos e penhoras que embrulham o caso numa grande confusão.
Os trabalhadores dizem que, apesar de nunca terem deixado de ter trabalho, os ordenados vinham todos os meses cortados em 60 ou 70%, iam recebendo uma espécie de esmola de subsistência, mas estoicamente a maior parte dos motoristas não perdeu a fé na empresa e foi-se mantendo ao serviço. Alguns têm 15 e 16 mil euros em dívida num total de quase um ano de salários em atraso. “Os trabalhadores são uns heróis, mas a culpa de ter chegado a este ponto também foi deles”, diz um representante do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos.
Ao meio-dia, quando o riachense os deixou à espera do novo e desconhecido patrão, discutiam quem é que havia de ir buscar o almoço.
 
Leia a reportagem completa na edição em papel de 10 de Julho

Actualizado em ( Sexta, 05 Julho 2013 12:23 )  
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