A propósito do assunto trazido a público no último número do jornal, pela nossa leitora Isabel Azevedo, sobre as condições de utilização da casa mortuária de Riachos, fomos desde logo contactados por Júlio Amado, responsável da agência funerária riachense, esclarecendo que os custos decorrentes dos velórios na casa mortuária são definidos pela Fábrica da Paróquia, não tendo as agências qualquer interferência nesse assunto, limitando-se a fazer o respectivo pagamento em nome das famÃlias dos falecidos.
Júlio Amado confirma, ainda, que quando acontece haver mais que um funeral, ambos os velórios são feitos partilhando as mesmas instalações, pois não existe outra possibilidade, sem que a paróquia considere fazer qualquer desconto à s famÃlias e sem que, mais uma vez, haja alguma responsabilidade nesse facto por parte das agências funerárias.
Tanto quanto o riachense apurou esta situação é comum na região, apenas não acontecendo mais vezes porque nalguns locais existe mais que uma sala na capela mortuária ao dispor das famÃlias, como é o caso de Torres Novas. Na cidade, existe ainda a possibilidade de utilização de uma sala no próprio cemitério, de responsabilidade da Câmara e com preços mais baratos, mas que quase nunca é utilizada por questões de hábito social e receio de tal poder ser considerado desprestigiante.
Aliás, o mesmo sucede com os velórios feitos em casa, como dantes sucedia, e que foram praticamente abandonados, mesmo nos casos em que não se pretende que haja ofÃcio religioso.
Quanto aos preços praticados em Riachos (80 euros), o nosso jornal verificou ainda que são dos mais baratos na região: em Torres Novas custa 110 euros e no Entroncamento e na Golegã estes custos sobem para os 120 euros. Em todos os casos, não se prevê qualquer redução no caso da necessidade de partilha das instalações por mais que uma famÃlia.
Tentámos entrar em contacto a este propósito com a paróquia de Riachos, para esclarecer quer quanto aos custos da utilização da casa mortuária quer em relação à privacidade das famÃlias numa situação tão delicada, mas até ao fecho desta edição d’ o riachense não conseguimos.
Contactando ainda a Junta de Freguesia, João Cardoso considerou que os preços praticados não são exagerados, dados os custos inerentes (luz, gaz, ar condicionado, etc.), mas recordou que a situação da casa mortuária também nunca ficou totalmente esclarecida, pois resultou de uma campanha financiada pelo povo riachense e que teve o apoio de algumas empresas mas o processo acabou por nunca ficar devidamente terminado, acabando por se criar a situação de facto que actualmente existe, com a Fábrica da Paróquia a assumir a gestão deste equipamento.