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Uma festa contra a crise

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Bênção do Gado 2012

Foi num auditório bem composto que os associados da Bênção do Gado Associação Cultural (BGAC) aprovaram, em assembleia-geral no passado dia 30 de Novembro, no Museu Agrícola de Riachos, as contas da festa de 2008 e analisaram os preparativos para a do próximo ano.
As contas do triénio de 2007 a 2010 foram aprovadas por unanimidade, sendo que a actividade da associação durante esse período se focou exclusivamente na organização da Festa da Bênção do Gado. As contas relativas à última festa rondaram os 215 mil euros, sendo entendimento pacífico de que no próximo ano, em virtude do período de crise, não será possível atingir esse valor devendo o orçamento ser reduzido para valores que se adeqúem à realidade actual.
No âmbito do processo de recolha de apoios financeiros, Carlos Tomé, dirigente da BGAC, esclareceu os presentes dos passos dados e dos contactos desenvolvidos com algumas entidades e especialmente com o presidente da câmara municipal de Torres Novas.
O processo de preparação da festa mereceu da parte dos associados presentes profícua discussão, com especial incidência na organização do cortejo da Bênção, que será realizado no último domingo do mês de Julho do próximo ano.
Os presentes abordaram a forma como o cortejo poderia ser organizado, tendo o padre, Fernando Gonçalves, defendido algumas alterações de molde a garantir a dignidade do mesmo. Em resposta às questões levantadas sobre esta matéria, alguns defenderam a manutenção do cortejo nos moldes habituais para se manter a espontaneidade e criatividade dos seus participantes, pois não se pode nem deve regular ou limitar a mesma. Foi no entanto, salientada a necessidade de garantir maior dignidade e respeito pelos aspectos religiosos do mesmo, uma vez que se trata de uma bênção e como tal deve ser assumida com o máximo de respeito por todos quantos nele participam.
O padre apontou alguns episódios negativos ocorridos no cortejo de 2008, tais como a falta de respeito manifestada por alguns participantes no momento em que dava a bênção, tendo Carlos Tomé garantido que os responsáveis pela organização da festa tudo farão para garantir o máximo de dignidade à iniciativa e prometeu sensibilizar os participantes para isso.
A absoluta necessidade de se conseguir a maior mobilização de sempre dos riachenses para a organização da sua festa, sem a qual a Bênção do Gado não poderá ser a festa do povo, que se pretende que seja, foi outro dos aspectos focados na assembleia e que mereceu consenso. De facto, a Festa deve continuar a ser um marco na identidade cultural de Riachos e tem que se afirmar cada vez mais como característica disso mesmo, surgindo da vontade do seu povo e assumindo-se como sua manifestação muito própria.
Daí que a Festa não possa ser um festival de música igual a tantos outros, nem uma festa organizada por entidades exteriores, devendo manter as suas características tradicionais e adaptando-as aos novos tempos porque se trata de uma “tradição com futuro”.
Neste momento começam a ser criadas as diversas comissões sectoriais que darão corpo à estrutura organizativa da Festa, pelo que todos os presentes foram convidados a manifestar a solidariedade e, de forma voluntária, participarem activamente nas referidas comissões.
No final da assembleia e após ter sido lido um texto da direcção da BGAC intitulado “Uma Festa contra a crise” foram distribuídos pelos presentes autocolantes para os automóveis com a imagem da lenda do Senhor Jesus dos Lavradores e os dizeres “Bênção do Gado 2012 Riachos”, sendo esta a primeira imagem pública da Festa a ser divulgada. Estes autocolantes são de distribuição gratuita e podem ser adquiridos no Museu Agrícola.
 
Mensagem da direcção
A Festa da Bênção do Gado é o sinal identificador desta terra, que define a sua origem e que a acompanha pela vida fora, criando uma comunidade própria. A Festa representa as tradições rurais de Riachos. É um símbolo tradicional dos riachenses e da ligação à sua terra. A Festa recupera as raízes rurais de Riachos, promove os sentimentos de solidariedade, de amor pela terra, de comunidade e de respeito pela memória colectiva.
Esta é uma Festa popular, que nasce do povo e sai do seu esforço colectivo. Mas para que isso seja uma realidade, a participação dos riachenses tem que se mostrar na sua concepção, organização e realização.
Porque queremos que a Festa seja do Povo, desenvolvemos um processo de auscultação de opiniões, críticas e sugestões de muita gente, das colectividades e instituições. Foram analisadas as características que a Festa deve assumir, porque queremos que a Festa seja de todos e não apenas de alguns.
Entretanto, serão criadas, à semelhança de edições anteriores, várias Comissões que serão integradas por largas dezenas de riachenses que voluntariamente emprestarão o melhor do seu esforço para formar o corpo da estrutura organizativa da Festa e que se unem com o único objectivo de fazer viver a sua memória colectiva.
Embora sejam difíceis os tempos actuais queremos que a Festa seja um verdadeiro marco de optimismo na história de Riachos e constitua um saudável pontapé na crise. Por isso a Festa é ainda mais necessária neste tempo.
Naturalmente que a Festa apenas será possível se forem garantidos os apoios financeiros e logísticos necessários, sendo que estamos certos de que eles surgirão e ela será adaptada às actuais dificuldades.
Hoje como outrora é indispensável o apoio da população, mas também o das colectividades, de instituições diversas e de empresas, como também é imprescindível o apoio da Câmara Municipal de Torres Novas e da Junta de Freguesia de Riachos.
A Festa será realizada em Julho do próximo ano, mas até lá é fundamental que todos os riachenses se mobilizem para lutarem pela Festa, como coisa sua que é, e demonstrem na prática que esta resiste a todas as crises por maiores que sejam.
Por isso, vamos todos fazer a Festa que é de todos e dar um pontapé na crise.

Bênção do Gado Associação Cultural
A Direcção
Riachos, 30 Novembro 2011
 
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